Entre 2012 e 2013 morreram em acidentes rodoviários 52 pessoas cujas análises toxicológicas confirmaram a presença de cannabis. Em 46% dos casos, essa era a única substância presente no sangue. Quando houve mistura de substâncias, a combinação mais comum foi com o álcool (68%).
Os dados são do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) e mostram que o álcool continua a ser a substância mais consumida pela maioria das vítimas mortais pelos portugueses. Das 1632 autópsias realizadas, 509 acusaram a presença de etanol.
Mas contrariamente ao aumento registrado do consumo de cannabis, mundialmente os números apontam para uma redução do abuso de álcool antes de conduzir. Segundo o instituto responsável pelo levantamento, o surgimento de cannabis isolada no sangue, sem misturas de álcool ou outras substâncias, é recente. Tal fato pode ser atribuído ao crescimento e a uma maior tolerância face ao consumo de cannabis.
Entre as vítimas que consumiram maconha, 23 estão na faixa entre os 20 e os 30 anos, o que permite perceber que os jovens são os mais afetados.