A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) iniciou nesta terça-feira, 5 de maio, audiências públicas para debater proposta de regulamentação da interrupção voluntária da gravidez, dentro das 12 primeiras semanas de gestação, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O tema entrou em exame na comissão em razão de sugestão popular (SUG 15/2014) encaminhada ao Senado por meio do Portal e-Cidadania, com 20 mil apoios. A proposta depende de aprovação no colegiado para ser convertida em projeto de lei, de iniciativa da própria CDH, assim começando a tramitar.
Participaram da audiência:
Henrique Batista e Silva
Representante do Conselho Federal de Medicina
Eliane Oliveira
Especialista no tema
Rosângela Aparecida Talib
Representante do Movimento Católicas pelo direito de decidir *
Elizabeth Kipman
Especialista no tema
Isabela Mantovani
Especialista no tema
Cláudio Fonteles
Especialista no tema
Representante do Ministério da Saude
Requerentes
O senador Paulo Paim (PT-RS), que preside a CDH, assina um dos pedidos de audiência. O segundo é de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), o relator da sugestão popular. Ele foi designado para a função na semana passada, depois da desistência da senadora Marta Suplicy (PT-SP), inicialmente designada por Paim.
Magno Malta apontou a necessidade de amplo debate do assunto, a despeito de se tratar de sugestão originária da população. Ele defendeu a realização de, no mínimo, três audiências, podendo se chegar a cinco, se necessário. Paim, que havia proposto apenas uma audiência, acabou concordando com a ideia da série de debates.
Plenário decide
Malta disse que não deseja apresentar relatório sem que o tema seja antes debatido. Em todo caso, observou que a decisão sobre a conversão da sugestão em projeto será da comissão. Lembrou que já havia sido indagado por jornalista sobre o motivo de conseguir a relatoria da matéria, em substituição a Marta. Como disse, isso aconteceu porque “é tão senador quanto ela”.
Paim aproveitou para esclarecer que, após Marta devolver a relatoria, Malta imediatamente solicitou que fosse indicado. E justificou que sempre procura atender os colegas, pela ordem de manifestação.
— Meu critério não é ideológico. Todos são senadores, somos iguais — justificou o presidente da CDH.
* O Grupo Católicas Pelo Direito de Decidir embora traga o nome da instituição bimilenar não faz parte da Igreja Católica.
[…] vez que entrou em processamento, a relatoria da SUG foi designada ao Senador Magno Malta depois da devolução da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), famoso por tentar se promover com audiências incendiárias […]