A relação entre futebol e a fé não é coisa estranha, nem novidade. Santos de devoção, promessas feitas, votos cumpridos, clamores antes de começar o jogo. Levando em conta que os jogadores são atletas que saem de um população majoritariamente religiosa, tais práticas podem até ser consideradas culturais.
Mas uma minoria de torcedores do Fortaleza Esporte Clube resolveu problematizar o assunto. Os laicistas que acabaram de testemunhar o milagre da saída do time da série C, não toleraram que o Clube cantasse o hino de são Francisco, o santo católico querido até por ateus, e a exposição do mosaico “Glória a Deus” nas arquibancadas do Castelão no dia do jogo contra o CSA.
Caso continuem no intento pelo “Fortaleza laico” é possível que esta minoria também milite pela saída dos padres diretores espirituais do time, dos pastores que acompanham jogadores e das missas e cultos que acontecem ao longo do ano, no clube. Certamente punirão as manifestações dos jogadores que em breve – possivelmente – não poderão persignarem-se, usar algum símbolo religioso ou manifestar a fé publicamente.
Mais uma vez, é a minoria barulhenta que tenta calar uma maioria que não liga muito para essas chatices. Entretanto, é hora dos torcedores que não concordam que este punhado de gente, defenderem seu time e a livre manifestação religiosa. É hora de apoiar a diretoria e o seu presidente, um homem de diálogo, de bonomia ímpar, um promotor da cultura de paz, que sacrificou-se para que o time saísse, depois de 9 anos, da série C.
Senhor Vanderlucio, pelo que entendi o movimento não tem teor de polícia, muito menos punitivo. Ninguém quer proibir o torcedor de levar seu terço, sua guia, fazer sua reza na arquibancada. Novamente, pelo que entendi, o tal movimento só quer que o Fortaleza Esporte Clube cumpra o seu estatuto. A liberdade de crença é um dos pilares da tal laicidade – cada qual, liberalmente, se manifesta religiosamente da forma que quiser.
Acho que o senhor conclama uma guerra santa entrando numa polarização cega. Pelo que pude ler – e entender – a minoria é extremamente grata ao Presidente Luis Eduardo Girão, que conseguiu nos tirar do inferno da série C e nos levar à série B, não há nenhum teor de ataque pessoal ao Presidente e seus sacrifícios.
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