Outro dia estava assistindo a uma aula do curso de formação em Psicanálise que estou fazendo nesse momento e o professor tocou num assunto que me deixou bastante reflexivo. As pessoas que falam muito no diminutivo, elas precisam ser observadas com muito cuidado e atenção!
Ele dizia que pessoas que falam demais no diminutivo têm neuroses que são disfarçadas pelas palavras aparentemente carinhosas e despretensiosas. Lembrando que em nenhum momento estou generalizando OK? Ele falou sobre uma tendência, e não sobre algo absoluto.
Quando ele falou isso me reportei a uma pessoa que fez parte da minha vida e tinha vício em falar tudo no diminutivo. Ela era comparada até com a “Miss simpatia” do filme americano, mas eu sempre desconfiei da sua aparente simpatia e afetividade.
Ela me tratava com muito indiferença e foi no convívio com ela que comecei a perceber o quanto esse sentimento é cruel e muito mais destrutivo do que o ódio. Nesse texto abaixo falo com mais detalhes sobre o tema da indiferença. Vale a pena conferir
A relação entre amor, ódio e indiferença
Vou citar alguns exemplos de palavras comumente ditas no diminutivo e que muitas vezes não querem dizer a verdade da intenção de quem as profere.
- Ela é tão bonitinha/ Ele é tão bonitinho => Muitas vezes esse “bonitinho(a)” é uma forma de dizer que se trata de uma pessoa considerada feia, mas que é chamada assim como forma de ser educado ou como uma maneira de elogiar e passar uma boa imagem!
- Ele é tão “bonzinho”/Ela é tão “boazinha” => Esse é um exemplo clássico. Quase sempre as pessoas que falam dessa forma de alguém está na realidade querendo dizer em outras palavras: “Como fulano é besta e deixa que os outros se aproveitem dele(a)”. Esse é o exemplo clássico daquelas pessoas que querem agradar a todos e por causa disso se anulam e sofrem pra caramba para manter uma imagem de bonzinho ou boazinha! Também escrevi com mais detalhes sobre isso nesse texto logo abaixo. Confira!
O risco de querer agradar a todos
- Isso foi tão facinho => Muitos que falam isso estão menosprezando as dificuldades para realizar determinada atividade ou estão se envaidecendo ao dizer que são produtivas e podem fazer muito mais ou coisas mais difíceis. Esse é um comportamento perigoso e provavelmente você já conheceu alguém com esse perfil…
- Essa comidinha está tão gostosinha => Esse é um discurso clássico da pessoa que quer paparicar outra, quase sempre com segundas intenções. O que custa dizer simplesmente? “Poxa! Que comida boa!”. Precisa dizer “Comidinha gostosinha?”.
- Ele é tão fofo/ Ela é tão fofa => Esse é outro termo extremamente utilizado por pessoas que são falsas e têm dificuldade de expressar o que sentem de verdade. Boa parte das que falam isso estão de forma inconsciente querendo dizer: “Caramba! Eu nunca vou conseguir ter o carisma de fulano(a)”. Você sabia que esse é um tipo de frase muito proferida por pessoas que sentem inveja de outras que se destacam ou que são queridas por muita gente? Agora você já sabe! Se alguém falar assim com você! Aguce bem sua percepção, é bem provável que essa pessoa esteja lhe invejando!
- Isso foi uma coisinha de nada => Essa frase é muito proferida por pessoas que adoram encobrir a verdade sobre os fatos. Muitas vezes ela se meteu numa verdadeira “encrenca” e vem com esse papo de que foi uma “coisinha de nada”. Muito cuidado com quem fala assim viu? Sempre que me falam isso, internamente eu digo pra mim “Vixe! Aí tem uma bomba prestes a explodir!” rsrsrsrs!
- Ele(a) é tão organizadinho => Esse é um caso típico de PERFECCIONISMO. Quando alguém fala assim sobre outra, pode ser normalmente duas coisas: ou a pessoa está invejando o perfeccionismo da outra ou está com muito raiva dessa atitude. De qualquer jeito existem extremos e exageros envolvidos!
Enfim! Só o que não faltam são exemplos! Portanto. Daqui pra frente passe a prestar bem mais atenção às pessoas que falam demais através de diminutivos. Elas estão inconscientemente mandando mensagens a você de: TOME CUIDADO! ABRA O OLHO!…
Adorei!!
Medo! Rsrsrs Isaias, aprendo mais de psicologia aqui do que nos livros complexos que leio… Adorei²! Hehehe 😀
Obrigado querida! Gostei muito do Adorei², muito criativo! hehehe Abração!
desculpa, sou mineira e tenho o abito de falar no diminutivo:
exemplo: que gracinha!
vamos tomar um cafezinho!
bonitinho demais da conta!
que fofinho ou fofo… ( falo qnd alguém desperta em mim ternura)
não existe inveja ou nem um outro sentimento negativo qnd falamos e sim carinho e respeito
Entendi sua colocação Adriana. Eu realmente deveria ter deixado mais explicado no texto a questão também da tonalidade da voz, dos gestos e da linguagem corporal, que são outros fatores que influenciam demais.
A gente sente quando as outras pessoas estão se utilizando de máscaras na comunicação verbal e é sobre elas que estou falando nesse texto. Tenho certeza que você é uma pessoa sincera e amorosa, e fala palavras no diminutivo pelos costumes e pela cultura daí!
Peço desculpas se não fui tão claro na minha exposição, mas com esse comentário deixo mais esclarecido qual foi a intenção do texto, falar sobre atitudes e comportamentos que carregam falsidades e máscaras!
Grande abraço querida!
eu também , obrigada colega
Isaias isto me preocupou, pois tenho mania de falar no diminutivo…mas só com meus filhos e marido…mei filho de 14 anos até já me censurou, dizendo…”mãe, não sou mais um bebezinho…”, será que sou falsa???? ou escondo alguma neurose???
Bem Denise! Antes de mais nada, você falou uma palavra interessante: neurose! Segundo a Psicologia e a Psicanálise, só há duas possibilidades, sermos neuróticos ou psicóticos. Quem não é neurótico certamente é um psicótico! Então, bem vinda ao clube dos neuróticos! Eu, você e a grande maioria das pessoas! hehehehe
Enfim! O que diria pra ti tem relação com a forma com que você provavelmente foi educada. Percebo pelas tuas palavras que provavelmente você foi educada de uma forma um tanto rígida e exigente, então você fala no diminutivo como uma forma de provar que é uma boa mãe, um boa companheira etc.
Você pode muito rapidamente fazer uma reprogramação subconsciente nesse sentido e de certa forma já estou iniciando com você agora!
Tudo começa com você em momentos de reflexão pessoal ou meditação se concentrar na intenção de se exigir menos e desta forma agir de forma mais espontânea e simples!
Nesse processo você vai adquirindo pouco a pouco cada vez mais autoconfiança e amor próprio e naturalmente deixará de falar exageradamente no diminutivo e se comunicará de uma forma muito mais eficaz.
Se quiser que aprofunde essa questão pode me escrever por e-mail, afinal, os comentários não podem ser extensos demais nem muito aprofundados!
Meu e-mail é paralemdoagora@gmail.com
Grande abraço querida! Tudo de bom!
Eu sempre tive um ponto de vista que pessoas com a tendência de utilizar o diminutivo possuem um comportamento infantilizado ou canalizam algum tipo de carência afetiva. Isso acontece percebo, muito com questões de saúde, ex: carteirinha, remedinho, injeçãozinha, febrezinha e por aí vai… A questão dá margem pra muita coisa rs. Excelente post! 😉
Eu simplesmente odeio diminutivo acho desnecessario usar, imagine aquele programa
antigo da Globo Sai de Baixo com Falabella kkkkk
Oh nao eu nao me recuso a usar diminutivo. Porque nao falar esse e menor
Ai a pessoa usa esse e menorzinho ou esse e maiorzinho, belezinha e porque nao beleza.
Podem se ver na lingua inglesa nao existe diminutivo eu tenho a maior bronca com diminutivo.
Acabei de me infornar para se usar diminutivo e aumentativo na lingua inglesa vc tem que usar substantivo juntamente com adjetivo,.
É desse jeito mesmo. Um exemplo bobo é “menininha”, no inglês é “light girl”, ou “amiguinho” é “light friend”
Que bom que você não adere tanto a essa história de diminutivos Lia. Eu sempre fico pé atrás com pessoas que falam no diminutivo o tempo todo. Elas tem uma sombra que nem se dão conta do quanto precisa ser trabalhada.
Mas claro que não precisamos ser radicais. Por exemplo. Ao ser carinhoso com um filho ou filha pequenos, não tem problema chamar assim: “Meu lindinho, minha lindinha…”. O perigoso é nos casos semelhantes aos que citei no texto.
Nunca é bom sermos radicais né? Há casos e casos!!
Grande abraço e continue acompanhando o blog!
Estou correndo atras de ser uma nova pessoa pois estou perdendo muitas oportunidades na vida.
Não gosto de exageros e quem fala demasiado no diminutivo denota que há algum problema de linguagem ou de caráter, porque quando aprendemos a nos comunicar precisamos ter noção do que é pequeno, médio e grande, ou seja, das proproções e, se fala somente no diminutivo aonde ficarão as outras proporções. Na minha observação, quando a pessoa tem este vício de linguagem horroroso, pode ser por complexo de inferioridade ou por falsidade.
Eu discordo desse professor! Talvez a pessoa tem esse sotaque de falar no diminutivo mesmo. Eu não acho que isso é um problema.Eu mesmo falo muito no diminutivo e todos da minha terra também(Leste de Minas Gerais). Talvez uma porcentagem sim temos que olhar mas muita baixa e insignificante, talvez 0,0000001%.
Texto sensacional, outra questão que eu acrescentaria são as pessoas que mesmo sem intimidade chamam as outras por apelidos: Tha, Rê, Mi, Ju, etc, pode ver que são falsas.