Anderson Silva foi pego em exame antidoping | Foto: UFC/Divulgação

Anderson Silva foi pego em exame antidoping | Foto: UFC/Divulgação

O assunto “retorno de Anderson Silva” foi o mais debatido nas últimas semanas. As previsões davam como certa uma volta triunfal diante de Nick Diaz, que estava afastado há mais de um ano (assim com o brasileiro) e subia de divisão para o combate principal do UFC 184, realizado no último sábado, 31. O ex-campeão continuará nos holofotes, mas de uma forma bastante negativa e surpreendente.

Spider venceu, mas não foi o show que muitos esperavam. E o pior, o ex-campeão testou positivo para Drostanolona, um esteroide anabolizante, substância considerada ilegal que causa efeitos de fortalecimento muscular, no exame antidoping. Um desfecho que nem os mais pessimistas corneteiros de Anderson imaginavam. Uma derrota por nocaute para Nick Diaz não seria um golpe tão negativo na carreira do brasileiro.

Os gritos de “o campeão voltou” vão ficar cada vez mais distantes da realidade. Se Anderson for realmente punido, deve pegar um gancho de, no mínimo, seis meses sem lutar. Ainda é cedo para cravar uma aposentadoria do Spider, porém, o sonho de ter o brasileiro como detentor do título novamente, ficará apenas num roteiro perfeito da vida real, digno de cinema.

Agora, além de recordes impressionantes e performances impecáveis no UFC, “o maior de todos tempos” terá uma mancha dolorosa. O processo do Spider está apenas no começo. Ele tentará provar sua legalidade diante do esporte, então, devemos esperar o resultado contraprova. Muitas páginas dessa história ainda serão inscritas. No dia 17 de fevereiro, o atleta participará de uma audiência com a Comissão Atlética de Nevada, na qual deve ser suspenso até março, quando será julgado.

Para encerrar o papo sobre o Spider, deixo para os leitores uma fala do brasileiro em 2013, quando ainda era detentor do título dos médios. O ex-campeão defendeu o banimento de lutadores que fazem uso de esteroides anabolizantes.

“Isso não é ruim para mim, é ruim para o esporte. As pessoas ao redor do mundo amam o UFC, as crianças amam o UFC e as famílias amam o UFC. Isso nunca pode ser bom porque esse esporte muda a vida das pessoas. Quando um cara testa positivo para anabolizante, é um problema e ruim para todo mundo. Quando esses caras caem no antidoping, ele não deveriam mais poder lutar novamente. Se você usa esteroides por muito tempo, você tem um problema. É uma droga e isso não é bom para o esporte”, disse ele em entrevista ao “MMA Junkie”.

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Bruno Balacó

Jornalista esportivo do Grupo de Comunicação O POVO. Redator do site de esportes do jornal O POVO (Portal Esportes O POVO) e repórter do caderno de esportes do O POVO. Comentarista esportivo da Rádio O POVO/CBN, da TV O POVO e titular blog Gol e do blog Clube da Luta do O POVO Online

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