Rony Jason comemora vitória no UFC em Goiânia | Foto: William Lucas/inovafoto
O acordo entre UFC e Reebok já rendeu comentários negativos de vários lutadores da organização, como os campeões José Aldo e Rafael Dos Anjos. O cearense Rony Jason também entrou para este grupo e comentou a situação dos atletas que vão perder patrocínios e, consequentemente, ganhar menos.
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“Eu acho que vai prejudicar os atletas. O pessoal que patrocina eles quer visibilidade. O retorno é durante a luta, e não vai te mais. Fica um pouco complicado em cima do produto, já que não vai ser mais exposto no maior ápice de divulgação”, disse Jason em entrevista exclusiva ao Blog Clube da Luta, do O POVO.
Apesar disso, o cearense confia em alternativas para amenizar o prejuízo. “Sabendo conversar, oportunidade não vai faltar. Algumas marcas acompanham o atleta só na luta, e não no dia a dia, por isso complicou. Mas, existem outros métodos para expor a logo do patrocinador”, finaliza ele.
O campeão peso pena do UFC, José Aldo, teve uma posição mais ofensiva do que o cearense. “Então, o acordo, primeiramente, é uma merda. Muitos falaram sobre isso e acho que nós atletas perdemos bastante. Eles falam como se fossem jogadores de basquete, futebol americano, mas nós não recebemos um salário mensal como eles”, afirmou o manauara em conversa com jornalistas no Arnold Classic Brazil.
O dono do cinturão dos leves, Rafael Dos Anjos, revelou que vai ganhar menos com o acordo. “Vou ganhar menos (mesmo como campeão). Vou ganhar talvez US$ 20 mil a menos, por aí. O Donald Cerrone (por exemplo) tem um patrocínio forte, eu não tenho ainda esses. Não tenho nenhum patrocinador fixo. Sei de lutadores que vão perder US$ 100 mil (cerca de R$ 317 mil) mais ou menos. Alguns ganhavam US$ 100 mil e vão ganhar 20, 25”, contou em papo com jornalistas em Las Vegas.