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Admito que nunca gostei da Wanderléa. Muito disso por que também nunca fui lá muito fã da Jovem Guarda. No entanto, tive que me render ao som da Ternunrinha quando ouvi sua produção dos anos 70. Já distante do som rock inocente e repetitivo da turma da “Rua Augusta a 120km por hora”, e cantora mineira se lançou nessa época a um som mais moderno e vanguardista. E é esse período que preenche a nova caixa que está sendo preparada pelo selo Discobertas. Maravilhosa (1972), Feito Gente (1975), Vamos Que Eu Já Vou (1977), Mais que a Paixão (1978) e Wanderléa (1981) mostram um outro lado, mais quente e variado de uma cantora que acabou sendo mais ligada às baladas românticas e roquezinhos datados. Uma injustiça, como pude ver depois. Como presente pelos seus 50 anos de carreira, o box Wanderléa Anos 70 traz ainda um sexto disco com 17 faixas tiradas de compactos da época. Azeitada por uma seleção miscigenada de músicos, que inclui o espetacular Egberto Gismonti, essa caixa vai revelar uma outra Wanderléa, que deve surpreender muita gente.

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Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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