Os itinerários formativos surgiram para fornecer ao aluno um melhor sentido ao Ensino Médio e servir como uma bússola para sua vida profissional.

itinerários formativos no Ensino Médio

Parte do Novo Ensino Médio, os itinerários formativos são conjuntos de disciplinas e projetos nos quais os alunos podem escolher em que matérias querem se aprofundar. São cinco os itinerários disponíveis: Linguagens e suas Tecnologias, Formação Técnica e Profissional, Ciências da Natureza e Suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Leonardo Libman, sócio-fundador e CEO da Seren, edtech brasileira desenvolvedora da metodologia de ensino baseado na experimentação vocacional, manifesta preocupação com a limitação que isso pode gerar. “O ser humano é único e irrepetível, ou seja, o que pode causar identificação em um grupo de jovens, pode não ter o mesmo impacto em outros”.

Com os itinerários formativos, o aprendizado dos alunos, hoje bastante generalizado, fica mais aprofundado nas áreas de conhecimento mencionadas acima e na Formação Técnica e Profissional. Além disso, os itinerários também garantem maior autonomia para que os alunos realizem os próprios projetos de vida, promovem a incorporação de valores como pluralidade e solidariedade e fazem com que os alunos tenham uma visão de mundo mais diversa tanto na escola quanto na vida e no trabalho que venham a conquistar no futuro.

São muitos os benefícios fornecidos pelos roteiros de atividades e conteúdos pré-definidos, porém, as escolas não são obrigadas a fornecer todos os itinerários aos alunos no primeiro ano do Ensino Médio, podendo escolher quais são os mais importantes de acordo com contextos sociais e locais, considerando um processo que envolva a comunidade escolar inteira. Para resolver a limitação que esse novo modelo pode gerar, é preciso que o aluno conheça mais a fundo cada profissão.

Outro ponto delicado a ser discutido é que, atualmente, a BNCC – Base Nacional Comum Curricular – fornece para as escolas apenas diretrizes gerais sobre o Novo Ensino Médio, sem aprofundar em como o novo modelo será colocado em prática. Sobre isso, Leonardo afirma que “sem ferramentas disruptivas para auxiliar o aluno na conscientização desse momento de mudança, as escolas correm o risco de cair no lugar comum de forçar os jovens a tomarem a decisão profissional de forma precoce, ampliando a possibilidade de equívoco e indecisões”.

Assim como o Novo Ensino Médio como um todo, a solução da Seren também é orientada pela BNCC e busca melhorar o desempenho dos alunos na escola, garantindo que o que é aprendido em sala de aula não seja apenas um cumprimento de obrigações, mas sim uma aprendizagem substancial para a vida em sociedade, carregada de valores, autonomia, disciplina, cultura e diversidade.

Como é natural de qualquer modificação, inserir as mudanças do Novo Ensino Médio na grade curricular será desafiador para as escolas. “O diálogo para analisar as novas possibilidades de escolha será muito necessário, e a Seren está pronta para ser parceira das instituições escolares do Brasil nesse novo desafio. Juntos vamos ajudar os estudantes a construir lindos projetos de vida em cima de seus desejos e habilidades”, finaliza.

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Eduardo Siqueira

Um jornalista que ama Educação. Minhas experiências me fizeram imergir no universo da Educação, sentindo todo o seu poder transformador e percebendo o quanto ela ainda precisa de apoio. Aqui, busco fazer minha parte e ajudar as pessoas a compreendê-la nem que seja um cadinho.

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