As escolas têm obrigação de oferecer o reforço escolar, diz Cesar Callegari, presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.

Segundo ele, as instituições devem produzir todos os meios para que todos os estudantes ali matriculados possam se desenvolver.

Para Callegari, a escola recomendar ou indicar um professor particular é eticamente condenável.

Silvia Colello, professora de psicologia da educação da Faculdade de Educação da USP, concorda.

Para ela, a escola tem que “dar conta” do aprendizado, e o programa pedagógico tem que se ajustar à heterogeneidade do aluno e a possíveis descompassos que possa haver. Não o aluno se ajustar à escola.

Ainda segundo Sílvia, professores particulares só deveriam ser indicados em casos muito específicos, como o de alunos novos que mudam para uma escola bilíngue e não sabem falar a outra língua.

Essa é uma polêmica grande. Os educandos, aliás, os seres humanos não são iguais e têm maneiras e tempos diferentes de aprender. Claro que a escola tem que manter o currículo heterogêneo, mas não podemos pensar que todos aprenderão da mesma maneira e naquele tempo determinado.

Fonte: Folha de S. Paulo (SP)

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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