As escolas têm obrigação de oferecer o reforço escolar, diz Cesar Callegari, presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.
Segundo ele, as instituições devem produzir todos os meios para que todos os estudantes ali matriculados possam se desenvolver.
Para Callegari, a escola recomendar ou indicar um professor particular é eticamente condenável.
Silvia Colello, professora de psicologia da educação da Faculdade de Educação da USP, concorda.
Para ela, a escola tem que “dar conta” do aprendizado, e o programa pedagógico tem que se ajustar à heterogeneidade do aluno e a possíveis descompassos que possa haver. Não o aluno se ajustar à escola.
Ainda segundo Sílvia, professores particulares só deveriam ser indicados em casos muito específicos, como o de alunos novos que mudam para uma escola bilíngue e não sabem falar a outra língua.
Essa é uma polêmica grande. Os educandos, aliás, os seres humanos não são iguais e têm maneiras e tempos diferentes de aprender. Claro que a escola tem que manter o currículo heterogêneo, mas não podemos pensar que todos aprenderão da mesma maneira e naquele tempo determinado.
Fonte: Folha de S. Paulo (SP)
É muito fácil exigir que a escola de conta da educação quando se esta por trás de um salário que lhe seja suficiente para manter a si mesmo e seus dependentes. O que infelizmente não acontece na educação. Vivemos dias difíceis, dias em que perdemos a autoridade dentro de sala de aula, dias em que nossas crianças chegam morrendo de fome, sabendo que a melhor e talvez a única refeição de seu dia será a da escola, dias em que o professor esta tão estressado com a possibilidade de levar um tiro, um murro, uma facada. E outras situações agonizantes que o levam a viver de remédios antidepressivos. Estou exagerando? Veja algumas pesquisas recentes sobre a situação do educador nestes pais e depois venha dar aula por pelo menos um mês em nossas escolas da periferia, ai sim vocês poderão exigir que a escola de conta do recado. Que tal criar leis que melhorem a educação, mas pensando no educador e não somente no educando.
Eu falei e mostro a cara. Sou Josué, professor de matemática em dourados ms, apaixonado pela profissão, no entanto indignado com aqueles que só exploram nossa força mental.