A depressão infantil tem se tornado cada vez mais comum. O problema é causado, principalmente, por inúmeras atividades que os pais delegam aos filhos, já os direcionando a um futuro brilhante no mercado de trabalho.

O tempo de brincar e ficar sem fazer nenhuma obrigação, fundamental para a evolução saudável de uma criança, se foi. A diversidade de tarefas, que os pais acham normal, pode levar à exaustão crônica, causar transtorno de déficit de atenção e até depressão.

Outro problema é que muitos pais se negam a admitir que os filhos estão passando por um processo depressivo. Para a psicóloga Ana Paula Pereira dos Santos, a rotina da criança é importante para uma vida saudável e os pais têm que estar presentes para acompanhar o desenvolvimento do filho e observar fatores como regras, limites e lazer. Segundo ela, muitos sintomas da depressão são resolvidos apenas com atenção e carinho.

Acontece que, nessa estrutura familiar e nesse ritmo de vida de hoje, a atenção e o carinho dispensados ao outro são artigos de luxo! E quando se fala de família, de filhos, de educação, muitos fatores são importantes para se chegar a diagnósticos como esse. Como falar do mundo do trabalho para uma criança? Que escolhas ela deverá fazer para conciliar presente a futuro?

Criança é para brincar, ter tempo livre, conviver com outras crianças! Cada tempo deve ser respeitado para que as escolhas sejam feitas seguramente e na hora certa. Por mais que as preocupações com o futuro sejam pertinentes, é importante respeitar as diferenças e propriedades de cada idade, para não se problemas maiores no futuro.

Fonte: Folha de Pernambuco (PE)

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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