Especialistas reafirmam que a receita para proteger os filhos dos abusos sexuais cometidos na internet é a aproximação e o diálogo. Segundo o psicólogo Alexandre Pill, a internet é o grande desafio dos pais, porque os jovens dominam a ferramenta e podem arranjar inúmeras maneiras de burlar o controle da família.

Para evitar que problemas relacionados ao sexo na internet ocorram, como a exibição do corpo em sites de relacionamento, outra dica dos psicólogos é conversar abertamente sobre sexualidade sem discursos caretas.

No âmbito da Justiça, o artigo 233 do Código Penal criminaliza qualquer ato obsceno exposto ao público. Nesses casos, a apuração fica a cargo da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).

A Lei nº 11.828 de 2008 alterou dois artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e incluiu a aquisição e a posse de pornografia infantil na lista das infrações passíveis de condenação. O problema, segundo o promotor Renato Barão Varalda, é que as investigações de crimes cibernéticos levam tempo, já que é necessária ordem judicial para se obter dados cadastrais.

O diálogo é a melhor solução. No entanto, os pais precisam estar conectados também, entender os processos da net, conhecer os sites de relacionamento. Essa não é uma situação fácil, já que tantos trabalham fora e a internet é um mundo a parte para a maioria dos pais e familiares. Acredito que seria interessante começar uma campanha primeiro com os adultos: pais e responsáveis! Afinal de contas, para dialogar é preciso conhecer e entender minimamente do assunto tratado.

Fonte: A Notícia (SC)

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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