Os alunos brasileiros passam, em média, quatro horas por dia conectados à internet – 80% em sites de relacionamentos e 72% em programas de comunicação instantânea. Os dados são de pesquisa realizada pela ONG SaferNet Brasil feita em escolas públicas e particulares.

O problema, para a gerente de projetos sociais da ONG Terra dos Homens, Valéria Brahim, é que as famílias e as escolas não estão preparadas para lidar com esse comportamento virtual das crianças e dos adolescentes. Para ela, o fato provoca um duplo debate: é preciso mostrar aos educadores que a internet é uma ferramenta de pesquisa, mas também de crimes.

Outro levantamento da SaferNet mostra que 63% dos pais não colocam limites para os filhos navegarem na rede. Oito entre dez jovens pesquisados têm pelo menos um amigo que conheceu virtualmente, mas 36% das famílias não sabem disso.

Conversando com outros educadores sobre o tema, muitas afirmam que não gostam da internet, que não sabem o que fazer com a rede e que não têm tempo para navegar ou aprender, que a escola não os incentiva para trabalharem com a ferramenta e que não se interessam por ela.

Já defendi essa ideia em outros posts e continuo aqui: quem precisa de uma educação para a net são os adultos, principalmente os educadores! Todos os relatos deles estão corretos e são coerentes! Acontece que não dá para ficar com esse pensamento, senão a escola vai ficar cada vez mais distante do mundo real…

Fonte: Correio do Povo (RS)

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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