No mais novo Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) lançado no último dia 04 de novembro, em Nova York (EUA), o Brasil subiu quatro posições no ranking global de bem estar das populações em 2010, ocupando o 73º lugar entre 169 países.

No Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), calculado sob a nova metodologia do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o País passou de 0,693 para 0,699. A escala varia de zero a 1.

Mudanças na metodologia para calcular o bem-estar da população mundial, no entanto, impediram que o Brasil avançasse mais. O pior desempenho foi o da educação, que passou a ser apurado pela média de anos de estudo e pela expectativa de escolaridade. Antes, isso era feito pela taxa de analfabetismo e matrículas nos três níveis de ensino.

Pelo novo critério, o Brasil tem hoje a mesma média de anos de estudo que o Zimbábue, país com o pior IDH do mundo. O RDH, que completa nesta edição 20 anos, conclui que a educação é uma barreira e a mais grave privação imposta à sociedade e ao progresso do Brasil.

A ONU também criou um conceito amplo de desigualdade, que, além da renda, passa a considerar saúde e educação. Nesse quesito, o Brasil fica em 88º lugar, recuando 15 posições no ranking geral.

Muita há o que fazer pela educação do Brasil!

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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