Os meninos são mais propensos a repetir o ano ou abandonar a escola do que as meninas. Eles têm, em média, uma probabilidade 12% maior de fracasso escolar. Segundo a pesquisadora e professora da Universidade de São Paulo, Paula Louzano, as meninas geralmente têm uma maneira de portar-se mais alinhada com a cultura escolar, com o que se espera dos estudantes.“Os meninos geralmente são vistos como agressivos, difíceis, pelos professores”, diz.

As conclusões são resultado de levantamento feito com base nos dados do questionário socieconômico da Prova Brasil 2011. O questionário do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) foi aplicado em todo o país e respondido por 2,3 milhões de alunos do 5º ano do ensino fundamental.

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Desigualdade social e exclusão

A pesquisa indica também que alunos negros têm maior possibilidade de fracassar na escola do que os brancos. Para os pesquisadores o menor êxito dos negros é resultado de condições socioeconômicas. Contribuem também fatores culturais. Um deles é o preconceito desenvolvido por professores.

O conjunto de fatores determina que, quando os estudantes chegam ao 6º ano do ensino fundamental, 7% dos alunos brancos tenham mais de dois anos de atraso escolar, e entre os negros, o indicador chega a 14%. Os números são apresentados no artigo Fracasso escolar e desigualdade do Ensino Fundamental de Paula Louzano, publicado no relatório De Olho nas Metas de 2012, lançado pelo movimento Todos pela Educação.

O que fazer para modificar essa situação?

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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