Franzino e com o sonho de cursar uma faculdade de direito, W.A., de 13 anos, passa parte do dia garimpando clientes com seu carrinho abastecido de picolés de diversos sabores. Assim como ele, 3,67 milhões de brasileiros de 5 a 17 anos têm alguma ocupação.

Tal universo corresponde a 8,6% do total de brasileirinhos nessa faixa etária – 62,8% dos garotos e garotas nessa situação moram em área urbana. O total de jovens que exercem alguma profissão já foi bem maior.

Em 1999, por exemplo, eram 6,63 milhões de crianças. Apesar do recuo de 44,6%, o saldo de 3,67 milhões ainda merece maior atenção do poder público e da sociedade. O balanço foi divulgado no IV Encontro Internacional Contra o Trabalho Infantil, que aconteceu em São Paulo.

Imaginem os dados do Ceará, em que o governo do estado gasta com lagosta e caviar enquanto o sertanejo se alimenta de calango e rato para sobreviver e nem sabe se terá direito a uma vida adulta profissional…o trabalho começa mesmo na infância. Triste realidade!

A pesquisa foi encomendada pela Fundação Telefônica Vivo à Tendências Consultoria Integrada e elaborada com base na edição de 2011 da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: Estado de Minas

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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