Um em cada três (35%) consumidores de drogas ilícitas nas capitais do País usa crack, conforme pesquisa inédita da Fundação Oswaldo Cruz. O trabalho, encomendado pela Secretaria de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, indica que a maior parte dos usuários está na Região Nordeste.
Dos 370 mil consumidores regulares de crack ou similares (merla, pasta base e oxi), 148 mil encontram-se na região. Depois do Nordeste, em números absolutos, o maior número de usuários de crack está nas capitais do Sudeste. A região reúne 113 mil consumidores regulares.
Percentualmente, porém, o problema é mais grave no Sul: 52% das 72 mil pessoas que usam regularmente drogas ilícitas consomem crack. O trabalho foi feito com base em dados coletados em 2012 com 25 mil residentes nas capitais. De acordo com a Fiocruz, trata-se do maior e mais completo levantamento do mundo.
Meninos e meninas– O estudo indica ainda que 14% dos usuários são crianças e adolescentes— o que equivale a 50 mil. Também nesse caso a pior situação é no Nordeste. Nas capitais da região, cerca de 28 mil crianças e adolescentes consomem regularmente crack e similares.
Ao apresentar os números, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reconheceu ser necessário reforçar a política de integração para a prevenção do uso da droga, o cuidado com dependentes e o enfrentamento do tráfico. Apesar disso, afirmou não ser necessária uma mudança no programa Crack é Possível Vencer, lançado pela presidente Dilma Rousseff com status de prioridade de governo. A previsão era destinar R$ 4 bilhões de 2012 até 2014.
Foi desembolsado até agora 40% desse total — R$ 1,6 bilhão. Já o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda, atribuiu a baixa execução a Estados e municípios. “Colocamos R$ 100 milhões à disposição dos governos locais para financiar a construção de novos CAPS-AD”, disse.
SOLIDARIEDADE EM TEMPO DE SECA.
A seca já colocou dezenas de cidades em estado de alerta e o racionamento nestas cidades já começou. O milho que chegou a preço subsidiado fica limitado a alguns quilos por agricultor e já se sabe de desvios! A indústria da seca tem nova edição. Alguns poucos tomam vantagem e compram barato o que custou anos para o pequeno agricultor juntar. A seca deve ser questão de justiça, pois em situação de emergência a família, crianças órfãos e idosos abandonados devem ter prioridade. Para salvar o pouco que restou, todos temos que nos unir para o bem comum. Justiça e solidariedade em tempo de tragédia.
Paulo Roberto Girão Lessa