Um número recorde de crianças e adolescentes viajando sozinhos para entrar ilegalmente nos Estados Unidos representa um novo desafio fiscal e humanitário para o Congresso americano, ao mesmo tempo em que ele já lida com o destino de 11 milhões de cidadãos que vivem no país sem documentos.
Em um relatório divulgado, a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA estima que 60 mil crianças e adolescentes desacompanhados vindos da América Central vão cruzar a fronteira sudoeste do país neste ano.
Esse total mais que duplica os cerca de 25 mil que cruzaram no ano passado e se compara com 5,8 mil de dez anos atrás.
Grupos especializados na vigilância da fronteira dizem que isso é um reflexo da violência e instabilidade em vários países da América Central.
As crianças e adolescentes que cruzam a fronteira do México quase sempre são repatriados.
Desde 2011, os EUA “têm visto um aumento sem precedentes no número de crianças imigrantes desacompanhadas” cruzando a fronteira com o México, segundo o relatório do grupo de bispos baseado em Washington, que cita o aumento das apreensões da Patrulha de Fronteira.