País tem poucos psiquiatras especializados para atender a um contingente numeroso de crianças que enfrenta o problema. Centros de referência estão lotados e acesso ao serviço público pode demorar três anos.

Apesar de necessitarem de acompanhamento especializado para superarem as dificuldades e experimentarem a chance de ter uma vida adulta saudável e com menos sofrimento, a rede pública de atendimento nem sempre tem condições de oferecer o que precisam.

A psiquiatra da infância e adolescência Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência (Upia) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), avalia que esse descaso tem tristes consequências.

De acordo com ela, meninos e meninas com necessidade de atendimento em saúde mental demoram, em média, três anos para conseguir acesso ao serviço.

O custo social da falta de cuidados com essa parcela da população é alto. Ela revela que o Brasil possui seis milhões de crianças que necessitam de atendimento em psiquiatria.

Existem hoje no País apenas 400 psiquiatras da infância e adolescência capacitados, a maioria deles concentrados nos estados do Sul e Sudeste.

Fonte: Folha de Londrina

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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