Enquanto se questiona qual será o legado dos megaeventos no Brasil, em especial o da Copa do Mundo, o direito à educação de milhares de crianças e adolescentes foi colocado para escanteio e está sendo lesado.

Desde 2010, entre 57,3 mil e 76,5 mil pessoas residentes em vilas e favelas, com idade entre 0 e 19 anos, foram afetadas diretamente e tiveram que mudar de escola ou creche em função das desapropriações ou remoções para as obras dos megaeventos.

O cálculo é feito com base no número de pessoas afetadas, aplicando-se o percentual de moradores dessa faixa etária que residem em vilas e favelas no Brasil (38%), segundo o Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Não há informações oficiais, apenas estimativas de quantas pessoas teriam sido desapropriadas ou removidas. Uma das mais confiáveis é a do Observatório das Metrópoles, núcleo nacional de pesquisadores das cidades.

Esta reportagem é fruto de uma das pautas vencedoras do VII Concurso Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, cujo resultado foi divulgado no final de 2013.

Fonte: Hoje em Dia

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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