A violência durante o parto é mais comum do que se imagina. Dezoito por cento das mulheres ouvidas em pesquisa do Ministério da Saúde (MS) alegam ter sofrido algum tipo de agressão – física ou psicológica.

Mas nem sempre elas se dão conta de que alguns procedimentos usuais são contestados sob este aspecto. São exemplos disso romper a bolsa, colocar remédios para acelerar as contrações e proceder a episiotomia – corte na vulva ou vagina para aumentar o canal para a passagem do bebê – sem necessidade.

Segundo o pesquisador Carlos Antônio Montenegro, no livro “Obstetrícia Fundamental”, a técnica só é necessária em 10% a 15% dos casos, apesar de ser utilizada em 90% dos partos na América Latina.

Melânia Amorim, ginecologista e obstetra, afirma que há evidências de que o corte não só é desnecessário como pode ser prejudicial. “Sem ele a perda de sangue é menor. O corte também é difícil de cicatrizar, se gastam mais fios para dar os pontos e a abertura acarreta um aumento da dor no pós-parto. Além disso, muitas mulheres têm dificuldades em retomar a vida sexual”, aponta.

Fonte: Jornal de Brasília

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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