Em novo relatório, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) afirma que a violência contra as mulheres não pode ser analisada e nem enfrentada isoladamente, porque está relacionada com outros fatores como a desigualdade econômica, social e cultural que regem as relações de poder entre homens e mulheres.

A publicação, intitulada Informe Anual 2013-2014: O enfrentamento da Violência contra as Mulheres na América Latina e no Caribe, é produzida pelo Observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e o Caribe da CEPAL, e foi lançada no XV Encontro Internacional de Estatísticas de Gênero, em Aguas Calientes, no México.

O documento alerta sobre a ausência, a heterogeneidade e a dispersão das estatísticas sobre a violência contra a mulher na região, principalmente no que se refere a informações confiáveis e oportunas sobre mulheres indígenas e negras. Além disso, apesar de progressos, ainda não há políticas e instituições que lidem com a violência contra a mulher que sejam capazes de garantir a efetiva implementação das leis dentro dos países.

De acordo com a CEPAL, o Brasil é um dos poucos países que tem uma lei específica para lidar com a violência contra a mulher, a Lei Maria da Penha, que é o foco da Política Nacional de Combate à Violência contra Mulheres.

Outra iniciativa brasileira citada é a Central de Atendimento à Mulher, um serviço que atende denúncias de violência contra a mulher por 24 horas por dia, através do telefone e aplicativos móveis. O documento afirma que em 2012, foram registradas mais de 700 mil ligações, com uma média de 2 mil chamadas por dia.

Fonte: ONU Brasil

About the Author

Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

View All Articles