Caçoar, humilhar, intimidar, agredir, isolar e excluir. O que todos esses verbos têm em comum? Eles são um indicativo de uma prática recorrente no mundo: o bullying. De acordo com informações da ONG Plan Brasil, 1 milhão de estudantes são vítimas desse tipo de violência nas escolas do planeta todos os dias.

Pensando nisso, a Fundação Cultural dos Profissionais da Educação do Estado de Minas Gerais (FPCEMG) está desenvolvendo uma série de seminários para orientar os professores sobre como agir diante dessas situações. Gratuito, o projeto “Bullying – Desatando os nós das relações educativas” será realizado nos dias 19 de maio e 11 de junho, no auditório da Superintendência Regional de Ensino, em Belo Horizonte.

“Nós queremos respaldar o educador que, geralmente, não sabe como lidar com essa forma de violência. O professor perde, em média, um terço do tempo em sala de aula para disciplinar a turma”, afirmou o educador Wander Lara, um dos idealizadores do seminário. Em 2012, a Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (Pense), feita pelo IBGE com estudantes do nono ano do ensino fundamental, mostrou que 7,2% dos alunos brasileiros já se sentiram humilhados por provocações.

Na capital mineira, o número supera a média nacional, chegando a 21,2%. A diretora do Sindicato dos Professores do Estado de Minas (Sinpro-MG), Terezinha Avelar, destacou que já presenciou muitas situações desagradáveis. “Não adianta só reprimir. As escolas devem recorrer a filmes e análises textuais para incentivar a discussão e despertar a consciência dos alunos”.

Em Minas, um projeto de lei foi apresentado em março pelo deputado estadual Gustavo Valadares (PSDB) prevendo ações contra o bullying. A proposta está em tramitação na Assembleia. Interessados em participar do seminário devem ligar para (31) 3069-0450.

Fonte: O Tempo

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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