As organizações da sociedade civil (OSCs) do Ceará que desenvolvem projetos de educação integral com crianças e adolescentes podem se inscrever no novo Programa Itaú Social Unicef até o dia 21 de agosto. Após concluírem o percurso formativo, serão selecionadas 40 instituições para receberem até R$ 100 mil para implementação de um plano de intervenção. Serão oferecidas até 12 vagas (30% do total) para a região Nordeste.

O Programa é uma reformulação do Prêmio Itaú-Unicef, que, em 2018, premiou o Centro de Defesa à Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca), responsável pelo projeto Essa Ciranda é de Todos Nós, em Fortaleza (CE). Também foi premiado o projeto Cidadania Rimada No Cordel Da Educação, desenvolvido pelo Conselho de Pais de Campos Sales e Escola de Ensino Infantil e Fundamental José Augusto Sobrinho, na cidade de Campos Sales (CE).

Com investimento total previsto de R$ 4 milhões, a transformação do Prêmio em Programa tem o propósito de incentivar as organizações a ampliarem seu protagonismo e compromisso com seus territórios de atuação. Por meio do percurso formativo, aberto para todas as organizações inscritas, independente do seu porte, apoiará na elaboração de um plano de intervenção, voltado para o fortalecimento institucional e para potencializar as ações coletivas.

“No contexto da pandemia da Covid-19, ficou ainda mais visível o papel fundamental das instituições para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Ações mais contínuas e voltadas para resultados que possam ser alcançados e observados irão assegurar sustentabilidade no longo prazo, e permitir que elas consigam manter e aprimorar suas atividades em prol da educação integral em todo o país”, explica a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann.

Quem pode se inscrever

Iniciativa do Itaú Social e UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), com coordenação técnica do CENPEC Educação (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), o Programa é aberto para OSCs com pelo menos um ano de atuação no país e que trabalhem na perspectiva da educação integral e inclusiva, com ações diretas para e com crianças e adolescentes.

As escolas, que antes concorriam ao prêmio, não podem mais se inscrever diretamente, mas podem ser parceiras territoriais das organizações, para integrar o processo de elaboração e acompanhamento do plano de intervenção.

Outra mudança importante do processo é que o processo de inscrição foi facilitado, pois não é preciso mais submeter um projeto. Mas é determinante que estejam preparadas para participar do percurso formativo a distância com duração de três meses. Nesse período, as OSCs poderão acessar uma rede com outras organizações da região, visando a promoção de trocas e fortalecimento do grupo.

Para inscrições e mais informações, interessados devem acessar ao site www.programaitausocialunicef.org.br

Por que as OSCs?

As organizações da sociedade civil têm um papel fundamental na oferta de atividades de educação integral, conceito que compreende o desenvolvimento pleno do indivíduo, em suas múltiplas dimensões (intelectual, afetiva, ética, social e física).

Para uma educação integral de qualidade, é preciso contemplar a ampliação de tempo, aumentando o período em que crianças e adolescentes estão em contato com a aprendizagem; de conteúdos, com a diversificação do currículo; e de espaços, proporcionando às crianças e adolescentes contato com outras dimensões do conhecimento que extrapolam os muros da escola e de outros espaços institucionais. O território como um todo pode oferecer diferentes oportunidades de aprendizagem e potencial educativo.

Informações e inscrições: programaitausocialunicef.org.br

FONTE: Tamer Comunicação

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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