Maria Orlanda, 33 anos, costureira. Tudo ia bem com sua gravidez, mas por complicações na saúde, acabou tendo um aborto espontâneo. Em seguida, passou a se sentir muito mal, e, indo ao hospital, descobriu que precisava de um transplante de fígado com urgência. Dia 11 de agosto foi internada no hospital, sete dias depois recebeu mais uma chance de viver. Na última sexta-feira, 18 de setembro, comemorou um mês de nova vida, justamente no Setembro Verde, período dedicado ao esclarecimento da população sobre a importância da doação de órgãos.

Ricardo Santana Pacheco, 41 anos, também ganhou uma nova chance, em maio de 2019, quando entrou na sala de cirurgia para o primeiro transplante de fígado realizado no Hospital São Camilo Fortaleza. Hoje, em São Luís (MA), onde mora, pode contar sua história com alegria e gratidão.

O Hospital São Camilo Fortaleza é um dos centros transplantadores do Ceará (o estado fica entre os que mais realizam transplantes de órgãos no país). Na unidade, são realizados transplantes de fígado, rim e medula óssea.

O médico Huygens Garcia, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), e coordenador de uma das equipes de transplante no São Camilo, afirma que a pandemia acarretou em redução na taxa de doadores efetivos. No primeiro semestre de 2020, em comparação com o primeiro semestre de 2019, caiu o número de transplantes de fígado (6,9%), rim (18,4%), coração (27,1%), pulmão (27,1%), pâncreas (29,1%) e córneas (44,3%).

O Setembro Verde, segundo o médico, é um mês importante para divulgar informações corretas sobre o assunto, que ainda é tabu para muitas famílias. “No Brasil há um protocolo criterioso para comprovar a morte encefálica. É importante que todo cidadão manifeste em vida seu desejo de ser um doador, para que a família respeite essa vontade”, afirma.

FONTE: Pollyana Rocha

About the Author

Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

View All Articles