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Olá galerinha tudo bem? Hoje eu vim aqui falar um pouquinho sobre um dos maiores fotógrafos que já existiu no mundo, se não, o melhor. Falo de Cartier Bresson, o épico. Henri Cartier-Bresson (1908-2004), pintor, fotógrafo, desenhista, documentarista. Definições variadas para o homem que formulou um novo código visual no século XX. Especificamente, através da fotografia, atividade artística na qual ganhou notoriedade. Com a pequena Leica na mão, concentrava-se com entusiasmo e respeito pelo tema; intuía pelo frescor da primeira impressão; tinha disciplina mental, sensibilidade e economia de movimentos para captar imagens no momento certo, no instante decisivo – Editores americanos, com dificuldades em traduzir para o inglês o título de seu primeiro livro Imagens à la Sauvette (em tradução livre, “Imagens furtivas”), optaram pelo prefácio (L’instant décisif). A sentença definiria toda sua carreira. Fotografar para ele era revelar sob outro ângulo aquilo que vivemos e jamais percebemos.
Filho de comerciantes parisienses, o jovem Henri teve uma infância abastada. O nome Cartier-Bresson era ilustre, sinônimo de uma marca conhecida de novelos de fio para bordar. Considerando-se que o pai tinha desenvoltura para desenhar paisagens, porém homem de negócios, prático e funcional; e a mãe intelectualizada, mas ignóbil quanto à pintura; ele teve no tio Louis a origem da paixão pela arte pictórica. Relacionamento que pouco durou, com a morte de Louis em pleno combate na Primeira Guerra. Resolveu ter aulas de pintura e desenho e virou a ovelha negra da família. O pai queria que estudasse comércio. “Você fará o que quiser, mas não será nenhum filhinho de papai. Terá apenas os rendimentos de seu dote para financiar seus estudos de sua escolha. O que quer que você faça, faça bem feito”. O pragmatismo paterno virou dogma.
Líder natural e militante no meio fotográfico, Cartier-Bresson fundou com os amigos Robert Capa e David ‘Chin’ a agencia Magnum. A cooperativa previa a independência dos profissionais diante do crescimento da publicidade. Contudo, foi na briga entre o escritório francês, o qual liderava e tinha a arte como fundamento, e o americano, sedento pelos dólares que o ‘fordismo’ na fotografia trazia, que resolveu largar o ofício e partir para uma antiga paixão: o desenho. Escreveu artigos onde esbravejava contra o mercantilismo na fotografia e taxava como algo menor a atividade que ajudou a elevar a categoria de arte. Angariou ódio entre ex-colegas de profissão. Mas seu legado o protegia. Até sua morte, breves lampejos fotográficos eram suficientes para mostrar sua importância como um dos maiores artistas contemporâneos.

Segue abaixo algumas das minhas fotos preferidas do Cartier, sem falar que é super difícil escolher as favoritas. Espero que curtam. Se gostarem vão na internet pesquisar sobre ele, vale muito a pena. Beijos.

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Texto: Eduardo Sousa |Imagens: Internet