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Taticamente a equipe está completamente desestruturada. Foram 21 partidas em 2016 e ninguém sabe – torcida, imprensa e os próprios jogadores – qual é o jeito do time atuar. O legado do trabalho de Lisca foi ruim e o interino, Cristian de Souza, não conseguiu evoluir. Os atletas estão sem norte, desorganizados em campo, tentando resolver por conta própria, algo que geralmente não dá certo.

Tecnicamente o elenco formado até agora está bem longe das necessidades. Pensando em Série B é preciso fazer uma boa e cirúrgica reformulação. Faltam opções defensivas consistentes – em toda as posições, menos no gol – e também as criativas no meio-campo. No ataque o time tem menos problemas.

Moralmente a confiança do grupo está abalada pela eliminação da Copa do Nordeste diante do Santa Cruz, mas pode ter uma melhora caso o time consiga avançar para as semifinais do estadual. Com uma folha de pagamento que beira o milhão de reais, correr o risco de ser eliminado do Campeonato Cearense já é algo fora de propósito, que beira o absurdo. Ficar ausente vai gerar consequências péssimas também financeiramente, com a equipe sem qualificação técnica para a Copa do Nordeste 2017, um prejuízo imenso.

Seja como for, Sérgio Soares, que tem a confiança da diretoria e de boa parte da torcida, chega com caminho livre para trabalhar. Com carta branca terá que fazer o diagnóstico que certamente será a necessidade de começar do zero. O ano até aqui foi um desperdício.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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