A bagunça estabelecida pela escalação na derrota para o Remo na rodada passada desapareceu quando Marquinhos Santos resolveu fazer o simples no confronto diante do bom Botafogo-PB, neste domingo, no Castelão. Com a linha defensiva formada por Felipe, Edimar, Lima e William Simões, a equipe teve Juliano, Corrêa, Everton e Sobralense no meio, além de Juninho e Anselmo no ataque. E venceu, por 1×0, alcançando a liderança e os 17 pontos em um grupo equilibrado demais que não se pode bobear de forma alguma, já que o sétimo colocado, o América-RN, tem 12 pontos.

A atuação defensivamente foi muito boa, segura, sem muitos riscos. Além da postura tática geral, Lima e Edimar foram bem individualmente. No sistema ofensivo, entretanto, a equipe se mostrou espaçada demais e com atuações ruins no aspecto individual. Anselmo ficou isolado e perdeu as chances que apareceram; Éverton – bem abaixo do que pode – e Sobralense ficaram distantes, os laterais não apoiaram com correção. Até mesmo Juninho, que fez grande jogada no gol de Sobralense, não foi efetivo. As chances criadas de perigo foram construídas pelo tricolor mais por iniciativas individuais isoladas e bolas paradas – nenhum mal nisso – e pouco pelo aspecto coletivo  – algo que precisa de trabalho e mais resultado nos treinos.

Parte da torcida no Castelão vaiou no intervalo, mas teve quem aplaudisse também. O sentimento dividido mostra que a análise maniqueísta não funciona nesse caso. Há aspectos positivos evidentes na equipe,  mas há necessidade de correção de rota. O que é fato é que o Fortaleza caiu de produção de um mês e meio pra cá, mas há tempo de sobra para o rumo ser retomado. E por mais que Marquinhos Santos fale em título, o que importa é o primeiro confronto do mata-mata. E faltam nove rodadas apenas até lá.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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