Na segunda rodada da Série B, o Ceará entrou no G4. Foi depois da vitória fora de casa sobre o CRB por 3 a 0, em Maceió. Na terceira rodada, após a derrota para o Atlético-GO por 1 a 0, em casa, queda para a sétima colocação.

Entre altos e baixos o time se manteve entre a 14a. e o 7a. posições até que na 11a. rodada a equipe entrou para o grupo dos quatro primeiros com a vitória sobre o Oeste por 1 a 0, jogo em que o goleiro Everson brilhou defendendo um pênalti. Desde então a equipe não tinha terminando nenhuma rodada fora do G4.

Neste domingo, entretanto, ao final da 23a. rodada, a campanha ruim recente não conseguiu sustentar a posição, ainda que a perda se dê nos critérios de desempate (CRB e Ceará somam 38 pontos, mas o alvinegro tem uma vitória a menos). O 0x0 diante do Avaí, no Castelão, fez o Ceará somar apenas cinco pontos nos 18 mais recentes disputados. É muito pouco, por mais que, no período, apenas uma derrota tenha sido registrada.

A situação, entretanto, está longe de ser desesperadora. Óbvio que a vantagem que o Ceará tinha de sete pontos para o quinto colocado foi pulverizada, mas o equilíbrio dos seis primeiros colocados é imenso. O Vasco ainda é líder com 41 pontos e o Londrina, com 37, é o sexto. Só quatro pontos de diferença.

Deste seis primeiros, Brasil de Pelotas e Londrina vivem fase ótima. Somaram 12 pontos cada um nos cinco mais recentes. Neste período o Atlético-GO somou sete,  o CRB seis, o Ceará quatro e o Vasco três.

Hoje o aproveitamento do quarto colocado, o CRB, é de 55.1%. A projeção indica, portanto, que 63 pontos são suficientes para subir. Restam 45 em disputa e ansiedade nessa hora é a pior companhia.

No caso do Ceará, são empates demais, nada menos do que cinco nos últimos seis jogos. Para piorar, nada justifica não ter conseguido vantagem em três partidas seguidas com um jogador a menos durante um bom período.  O alvinegro segue como o segundo elenco com menos derrotas na Série B (apenas 5) mas também parece ter perdido a fórmula de vencer jogos. De empate em empate o Ceará mostra que há um evidente desequilíbrio no time. Falta também arriscar mais. Se nesses seis jogos em vez de cinco empates e uma derrota o time tivesse vencido dois e perdido quatro, estaria no G4. É para se pensar e mudar de postura.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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