Após a vitória no Castelão sobre o Maranguape por 4 a 0, com uma atuação melhor do que vinha tendo até então na temporada, o Fortaleza voltou a fazer dois jogos ruins, nos empates fora de casa diante do Altos-PI e do Guarany de Sobral.

Por mais que o time tenha falhado individual e taticamente, e que a pressão sobre o técnico Hemerson Maria esteja em curva ascendente, não é justo ignorar os gramados que o tricolor enfrentou nessas duas partidas.

Contra o Altos, no estádio Lindolfo Monteiro, em Teresina, se o futebol brasileiro fosse sério, a Liga do Nordeste e os clubes se preocupassem com a qualidade do esporte e os jogadores efetivamente tivessem noção de organização de classe, não tinha jogo. Ia todo mundo embora. O campo era absolutamente constrangedor, com buracos imensos de terra e alturas variadas de “grama”. Até arbustos, se bobear, dava pra encontrar.

Em Sobral, no Junco, a situação não era muito diferente. Um gramado pavoroso, mal cuidado, onde a bola não rolava, apenas quicava, mudando de direção ao sabor dos buracos, prejudicando os atletas dos dois times.

Não há toque de bola, troca de passes, tabelas e aproximação entre os jogadores que resista. Não tem a mínima condição, especialmente no sistema ofensivo, de esperar atuações boas com condições tão precárias. Claro que isso não isenta a necessária melhora que o Fortaleza deve mostrar, mas é justo que ao menos minimize a cobrança diante de gramados absolutamente inaceitáveis.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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