Quando Ricardinho deixou o gramado do Castelão no dia 30 de abril de 2015 como o melhor jogador da decisão contra o Bahia, vitória do Ceará por 2 a 1, determinante para o titulo invicto da Copa do Nordeste, nem ele e nem qualquer torcedor do time poderia imaginar que, dois anos depois, aquela seria ainda a última conquista do clube.

De lá pra cá, Ceará e Ricardinho viveram situações inconstantes. Ainda em 2015, perderam o título cearense para o Fortaleza e lutaram muito para salvar o time do rebaixamento para a Série C. A separação ocorreu na temporada 2016, quando o jogador foi para a Arábia Saudita, atuar no Al-Ettifaq. Por lá, com uma contusão grave no joelho direito antes de atuar em partidas oficiais, viveu, esportivamente, um ano perdido. Por aqui, o Ceará foi mal no Nordestão 2016, ficou em quinto no estadual e um desempenho na Série B que não o colocou em risco de queda em momento algum, mas também não o fez conquistar o acesso.

De volta ao Ceará em 2017, Ricardinho ainda precisava de um tempo de recuperação para deixar o joelho em boas condições. Só a partir de então, ele fez questão que assim fosse, passaria a receber salários. E foi contra o Uniclinic, no dia 19 de março, que o jogador fez a sua reestreia, aos 31 minutos do segundo tempo (vitória por 3 a 1). Novamente contra o mesmo adversário, no dia 25 de março (vitória por 4 a 1), atuou por alguns minutos, totalizando 34 nas duas partidas.

E o meio-campista de 31 anos foi bem, confiante nos movimentos, distribuindo bem o jogo, se apresentando nas bolas paradas, mostrando o mesmo talento acima da média em um elenco que precisa, além da sua capacidade técnica, de um líder, como ele foi nos títulos estaduais pelo Alvinegro em 2013 e 2014.

Para a partida contra o Guarani, em Juazeiro, primeiro confronto das semifinais na quarta-feira que vem, Ricardinho deixou a decisão de sua escalação como titular para o técnico Givanildo Oliveira.”Eu tô pronto. Podem confiar que vou dar o meu melhor e a hora que eu cansar ou que não me sentir bem, eu peço pra sair. Não vou também prejudicar o time se eu não estiver aguentando o jogo, mas me sinto bem para começar”, avisou em coletiva de imprensa na quinta-feira.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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