Até a quinta rodada da Série B o Ceará sustentava a melhor defesa da competição, com dois gols sofridos, média excelente de 0,4 por partida. Era o retrato da temporada, já que o time, ainda quando treinado por Gilmar Dal Pozzo, claramente era mais organizado no seu sistema defensivo em relação ao produzido ofensivamente.

Nos dois jogos mais recentes, entretanto, vitória sobre o Brasil de Pelotas por 3 a 2 no sábado passado e derrota para o Santa Cruz por 3 a 1, na terça-feira desta semana, no Castelão, o cenário mudou. A equipe comandada por Givanildo Oliveira, no total, tomou cinco tentos, ou seja, mais do que o dobro do que nos cinco encontros anteriores, saindo da média anterior de 0,4 para 2,5 gol por encontro.

As falhas de posicionamento coletivo nestas duas partidas foram primordiais para o insucesso defensivo, tanto que nenhum destes cinco gols saiu de um frango do goleiro Éverson, ou de falha gritante individual em saída de bola ou um furada, por exemplo. Foram equívocos de postura tática de grupo, envolvendo todos os setores do time, não só os zagueiros e laterais, mas também volantes, meio-campistas e atacantes, que têm as suas obrigações.

Um ponto relevante que pode e deve ser colocado como justificativa para o desempenho defensivo do Ceará nestas duas partidas é a contusão do titular Luis Otávio. O zagueiro se machucou quando o time vencia o Brasil de Pelotas por 1 a 0 e ficou ausente também do confronto contra o Santa Cruz. Sem ele a equipe tomou os cinco gols. E nesta derrota contra o clube pernambucano foi a primeira vez no ano, em 27 jogos, que o Ceará saiu de campo com o adversário tendo balançado as redes três vezes.

Diante do Luverdense, na sexta-feira, Luis Otávio ainda é dúvida. Ele tem problemas musculares.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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