Se terá no mínimo R$ 4,1 milhões de reais de cota para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro – esse foi o valor que os times que subiram da Série C para a Série B receberam em 2017 – e tem contado com crescimento importante do programa de sócio-torcedor (passou dos 13 mil nesta semana) e perspectiva de patrocínio da Caixa, ficar de fora da Copa do Brasil e da Copa do Nordeste 2018 faz o Fortaleza deixar de arrecadar um valor considerável de cotas pelas fases iniciais dos torneios.

Na Copa do Nordeste o Tricolor teria um valor garantido de R$ 875 mil pelas seis partidas da primeira fase. Já na Copa do Brasil, com o novo contrato assinado pela CBF com a Rede Globo, o valor da cota fixa para o jogo único da primeira fase será de, no mínimo, R$ 625 mil para o grupo que o Fortaleza estaria inserido pelo ranking, apurou o Blog.

Assim, só de cota básica de primeira fase, sem contar renda, patrocinadores eventuais e avanço nas competições, o Fortaleza deixa de arrecadar R$ 1.5 milhão, o equivalente a 10 meses de salário do treinador Rogério Ceni, por exemplo.

É justamente por causa de situações como essa que o clube precisa evitar fazer qualquer tipo de loucura financeira. E age corretamente quando coloca um teto inicial para a temporada de R$ 750 mil reais mensais de gastos com o elenco. A montagem de um grupo sem exageros e com poucos erros é essencial para a equipe fazer bom papel na temporada 2018 nas duas competições que vai disputar – são, no máximo, 56 jogos.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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