Fortaleza, CE, Brasil, 25-01-2018: Fortaleza ganha do Iguatu por 3×1 em jogo válido pelo Campeonato Cearense de 2018. (Foto: Mateus Dantas / O Povo)

A resposta inicial é não, até porque o atual técnico do Fortaleza, campeão da Série B, não tem o menor apreço – para dizer o mínimo – por Leco, atual presidente do São Paulo. Foi o dirigente que demitiu o treinador em julho de 2017 sem que ele tenha tido qualquer tempo para exercer o trabalho – e com o clube vendendo um monte de jogadores – ainda que o aceite do cargo tenha sido precipitado.

A saída de Aguirre – decisão de Raí, diretor de futebol – não surpreende, por mais que o treinador tenha feito um bom trabalho com um elenco ruim e desequilibrado. A bagunça no futebol do time paulistano – independente de qual dirigente tenha passado por lá – atinge uma década, retrato que se vê em equipes tecnicamente muito mal montadas ano após ano – ganhou no período apenas a Sul-Americana, em 2012 – por mais que o clube seja das maiores folhas de pagamento do país.

Pela retomada que deu na carreira no Fortaleza – a prova é que recebeu diversas propostas no decorrer do ano, entre elas do Atlético-MG – retornar ao São Paulo ano que vem seria um risco enorme para Rogério Ceni, que tem a possibilidade real de ficar no Pici, tanto que já disse que vai ouvir a ideia de projeto do presidente Marcelo Paz, dando a entender que pode permanecer se o clube pensar grande e montar um elenco forte para 2019.

Como já abordado neste espaço, a diretoria do Fortaleza mantém esperança porque sabe que não será em função de aspectos salarias que Rogério vai ficar. O ex-goleiro admite que vai trabalhar onde estiver feliz e é justamente o seu atual estado de espírito, mas Ceni vai exigir um elenco muito mais forte para a próxima temporada. Não vai querer apenas brigar para não ser rebaixado.

O Blog apurou que pessoas ligadas ao treinador trabalham a perspectiva de encaixe do técnico em times grandes do Rio de Janeiro, já que em São Paulo sua única porta aberta é justamente o São Paulo. No Sul, Inter (Odair Hellmann), Grêmio (Renato Gaúcho) e Atlético-PR (Tiago Nunes) indicam vontade para que seus técnicos atuais permaneçam, situação também do Cruzeiro com Mano Menezes. O Atlético-MG, que tentou tirar o treinador no meio deste ano do Tricolor, surge como possibilidade, assim como Santos, que deve perder Cuca. Já Dorival Junior, no Flamengo, também não tem situação definida – Renato Gaúcho, então, surge como opção forte.

Em tempo: André Jardine vai encerrar a Série A no comando do São Paulo; Abel Braga e Cuca são vistos com bons olhos pela atual diretoria.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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