Foto: Matheus Dantas / O POVO

O segundo Clássico-Rei de 2019 – 1 a 1 neste domingo, 17, no Castelão – seguiu mostrando uma tendência preocupante, como já tinha ocorrido no primeiro (0 a 0): os sistemas defensivos estão extremamente vulneráveis.

Contei exatas 14 chances reais de gol no total: oito para o Ceará e seis para o Fortaleza. Não levei em consideração finalizações sem perigo ou que os goleiros defenderam com absoluta tranquilidade. É muita coisa.

Nem vou perder tempo analisando a incompetência ofensiva dos elencos. A chances claríssimas perdidas – as de Junior Santos, Edinho e Roger, especialmente – são de enervar qualquer ser humano torcedor, por mais calmo que seja.

Evidente que como espetáculo, um jogo aberto como foi, com muitas oportunidades cedidas, é ótimo de ser ver, mas na Série A, com times mais qualificados, as defesas de Ceará e Fortaleza não podem em hipótese alguma ceder tantos espaços. Foram chances em bolas áreas, contra-ataque, chutes de fora da área, jogadas pelas laterais, pelo meio; qualquer jogada melhor trabalhada já vencia os sistemas de marcação.

Em relação ao desempenho tático, o Ceará foi superior no primeiro tempo e quando abriu o placar já tinha criado quatro chances reais. O gol de Felipe foi absolutamente natural diante do domínio ali apresentado. O Fortaleza teve menos a bola no segundo confronto, até porque não funcionou a entrada de Ederson como meio-campista de ligação e foram muitos erros de passe (de ambos os lados, na verdade). Quando Dodô entrou como segundo volante após a saída de Paulo Roberto (o time já perdia por 1 a o), a situação melhorou e o Tricolor conseguiu o empate na segunda etapa, justamente quando era melhor em campo.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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