A desclassificação do Ceará da Copa do Brasil diante do Corinthians teve uma evidente causa e foi a derrota por 3 a 1 no Castelão. Era muito complicada a reversão do placar. Em São Paulo, nesta quarta, faltou ambição ao time dirigido por Lisca no primeiro tempo. Na segunda etapa a equipe melhorou ofensivamente – defensivamente foi segura o tempo todo, assim em todo segundo turno da Série A 2018 – e aproveitou bem a vantagem após a expulsão de Cássio. Fez o gol com Roger e ainda viu Valter fazer defensas fundamentais.

Era possível fazer dois gols de diferença e levar o jogo para a disputa dos pênaltis? Sim, mas muito em função do jogador a mais e não pela estratégia geral desde o início da partida. Mas foi uma eliminação com honra, que do ponto de vista prático não adianta nada, mas garante alguns pontos na confiança.

Das lições da vitória, a utilização de Fernando Sobral como titular (entrou na vaga de Baxola, machucado, diante do Corinthians) é a mais urgente de ser implementada. Lisca disse que sabe o que está fazendo com o jogador e que o está adaptando fisicamente e tecnicamente a um time de Série A, mas o que ele tem mostrado em campo nos minutos que teve (foram apenas 278 na temporada rodada) é que a adaptação já terminou. O natural é que Sobral (ágil, dá alternativas táticas, bom tecnicamente, procura tabelas, chutes e dribles) atue na vaga de Ricardinho, que deixa o time mais lento e tem feito pouco com seu ponto forte – finalizações de fora da área – até porque não dá pra imaginar Leandro Carvalho e Felipe Baxola reservas (apesar de Wescley estar pedindo passagem).

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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