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Desde a Copa do Mundo de 2014 a Arena Castelão é setorizada, com os blocos separados por grades, sem comunicação entre si. Ao conceder liminar em pedido do Palmeiras para igualar o valor dos ingressos nos setores Sul e Norte do estádio praticados pelo Fortaleza, o STJD briga com o bom senso, impondo uma suposta verdade de que Sul e Norte são iguais, algo sem qualquer nexo, tendo em vista que são visões completamente diferentes.

A decisão da diretoria do Palmeiras de acionar o tribunal – não o fez quando o time enfrentou o Ceará em 2019 e seus torcedores pagaram entre R$ 60 e R$ 120 – prejudicou seus próprios torcedores, especialmente os moradores de Fortaleza e do Nordeste. A reação da diretoria do Tricolor de suspender as vendas aos palmeirenses a partir do conhecimento da liminar foi um contra-ataque inteligente, justamente porque é o início da luta contra um precedente grave aberto para os clubes cearenses, quando estes receberem equipes com grande número de torcedores.

O Ceará, por exemplo, disponibilizou 12.710 ingressos para torcedores do Flamengo no primeiro turno da Série A, que geraram mais de R$ 1,2 milhão na renda bruta no Castelão. Os valores eram de R$ 60 a R$ 140, maior do que os praticados em outros setores, naturalmente. Caso o STJD confirme a decisão de igualar tudo, situações como essa não serão mais possíveis.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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