Comunicar-se em outras línguas fortalece o conhecimento acadêmico e enriquece o currículo. (Foto: Freepik)

Com o mercado de trabalho cada vez mais concorrido, o domínio de um segundo idioma já se tornou atributo essencial na conquista da maioria das vagas. Comunicar-se em outras línguas fortalece o conhecimento acadêmico e enriquece o currículo, sendo o diferencial em uma entrevista de emprego.

Para o comediante e aluno formado em inglês pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Ceará (Senac/CE), Vitor Alen, estudar uma nova língua partiu de uma necessidade pessoal na hora de viajar e se tornou uma ferramenta fundamental nos estudos. “Estudei Física na Universidade Federal do Ceará (UFC) e, para boa parte do material, pesquisas e até publicação de artigos, precisava do inglês. A maioria da literatura em qualquer área acadêmica é na língua inglesa, o mundo fala inglês. Se você tiver a intenção de ser o melhor da sua área e não souber o idioma, estará fora. Já saiu do mercado”, analisa o estudante.

Não existe idade específica para aprender algo novo, por isso a melhor forma de ser fluente em outra língua é começar o quanto antes o contacto com o idioma. “Muito além de aumentar as chances da empregabilidade, os benefícios na cognição tornam-se perceptíveis, ampliando conhecimentos culturais e linguísticos, bem como a qualidade de vida do indivíduo”, destaca a supervisora pedagógica do Senac Aldeota, Simone Farias.

5 dicas para potencializar o processo de aprendizagem

1) Ler com frequência sobre assuntos de interesse pessoal/profissional na língua estrangeira. Isso possibilita ao leitor perceber padrões do idioma.

2) Encontrar uma boa escola que enfatize a conversação e esteja pronta a atender as necessidades de cada aluno. Respeitando o ritmo do estudante.

3) Dar preferência para instituições de ensino que apliquem psicologia no aprendizado. Pode-se usar da tecnologia, mas também praticar o olho no olho. Aprender um idioma tem a ver com interações humanas.

4) Checar as qualificações dos docentes da escola escolhida.

5) Lembre-se que a melhor forma de aprender é na prática, ou seja, um ensino ativo e não apenas receptivo. Um bom professor será um facilitador do aprendizado e irá trabalhar com estratégias cognitivas, mas dependerá de você se empenhar e levar as dúvidas e aprendizados para a sala de aula.

O que não fazer
De acordo com Rodrigo Berghahn, coordenador pedagógico da Minds Idiomas Maringá, existem algumas coisas que os estudantes não devem fazer, como ficar praticando repetidamente exercícios gramaticais. “Não ajudam ninguém a se comunicar em um novo idioma. Algumas pessoas têm mais aptidão ao aprendizado. Aquele que quer aprender um novo idioma precisa manter contacto constante e persistir”, explica o coordenador.

Segundo ele, as pessoas são diferentes na forma como aprendem, “por isso que alguns se adaptam a uma determinada metodologia e outros não. Perceber qual a sua forma de aprendizado facilitará o processo da captação do conteúdo, seja visual, escrita ou auditiva”, detalha Rodrigo.

Idioma mais fácil
Para o coordenador pedagógico da Minds Idiomas, Rodrigo Berghahn, isso é relativo. O especialista explica que o que acontece é que alguns idiomas têm estruturas semelhantes, como a o português e o espanhol, por exemplo. “Semelhança não quer dizer igual e, com isso, há muitas ‘pegadinhas’ nessas similaridades. Outras línguas são bem destoantes, como é o caso do chinês e do inglês, mas não temos como avaliar o que é mais fácil ou difícil, depende do indivíduo. Das experiências que ele viveu, com quem conviveu, o que já fez na vida, a rapidez de aprender coisas novas e por aí vai”, afirma.

Contudo, para Rodrigo, o idioma mais indicado ainda é o inglês. “Hoje, o inglês é a língua franca, ou seja, pessoas de diversas partes do mundo têm o inglês como a segunda língua. O inglês ainda é a língua dos grandes contratos comerciais, das grandes conferências, das pesquisas acadêmicas, da aviação etc.”, reconhece.

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Elves Rabelo

Jornalista, pós-graduado em Assessoria de Comunicação e, atualmente, atua em Comunicação Institucional. . Sugestões de pauta: elvesarabelo@gmail.com

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