De 2010 a 2016, a Microsoft foi processada por 238 casos de assédio e discriminação contra mulheres. A empresa teria negado promoções ou aumento de salários às funcionárias da área técnica, segundo as acusações. As informações foram disponibilizadas pela agência de notícias britânica Reuters, por meio de documentos legais referentes a processos iniciados em 2015 na corte federal de Seattle, nos Estados Unidos.
A Microsoft nega as acusações e diz investir US$ 55 milhões por ano, cerca de R$ 179 milhões, para promover inclusão e diversidade. Das 118 alegações de discriminação de gênero no processo, apenas uma foi considerada fundamentada pela empresa americana. A Microsoft já teria solicitado sigilo sobre o total de denúncias do processo, pois poderia desestimular outros funcionários a relatar casos futuros.
Os advogados das funcionárias consideram os dados do processo “chocantes”. As partes envolvidas pretendem continuar o processo com uma ação coletiva, podendo incluir mais oito mil funcionárias. O juiz responsável pelo caso ainda está analisando o processo de acusação para avançar com ação coletiva. Já a Microsoft se opõe, dizendo que não identificou práticas que “impactam um número suficiente de funcionários”.