São Gonçalo do Amarante – Nada como uma lufada de capitalismo para soprar as velas do Governo Camilo Santana (PT), até bem pouco tempo atrás marcado pelo vento fraco. Aliás, cinco lufadas. Uma após a outra.
Depois de assumir com agenda árida – tanto pela estiagem no céu (o Ceará chegou a cinco temporadas de seca), como pela secura nos cofres (aos 100 dias de governo a pauta era um corte de custeio de até 25%), Camilo anunciou a intenção de lançar um pacote de concessões públicas em infraestrutura (1).
Passar para o setor privado a responsabilidade pela operação de determinados serviços, além dos investimentos em ampliação e construção de projetos estruturantes. Era o começo, mas foi pouco, até porque até hoje não se completou.
Entrou janeiro de 2017 (dois anos pela frente de mandato) e veio a decisão de mexer na governança. Foi buscar no setor privado um gestor capaz de assumir o papel (quase sempre antipático) de organizar a máquina e também gerar resultados no curto prazo, afinal há uma reeleição na luneta. Foi a entrada do tucano Maia Júnior (2).
Aí veio março e duas boas novas aconteceram, quase de modo simultâneo. No porto e no aeroporto. Um Memorando de Entendimentos entre o Porto de Roterdã e a Ceará Portos (3) tem profundas chances de virar sociedade e põe o Pecém no mapa múndi.
Uma herança bendita de Dilma (sim, há), a inclusão do Pinto Martins no rol de concessões federais, culminou com a vitória da alemã Fraport (4) e as elevadas esperanças de um hub.
Ontem, a CSP foi oficialmente inaugurada (5). Ainda que o pobre contribuinte cearense tenha posto um bom dinheiro para trazê-la (infraestrutura é caro), a siderúrgica é sobretudo dinheiro privado abrindo uma fronteira no Estado. É o capitalismo a empurrar as velas. Do Governo e do Ceará
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