Chá: bebida que nasce da infusão de partes de algumas plantas em água quente, mas não só. Com sabores, cheiros e cores diversas, visa melhorar algum mal estar do corpo ou da alma. Da ordem gastronômica é, por si só, alimento/bebida que permeia situações sociais ou cerimônias que fecundam memórias e afetos.

Foto: Lisiane Forte

Afeto: substantivo masculino que diz de afeição, sentimentos ternos existentes entre pessoas e entre pessoas e animais ou outros elementos da natureza como as plantas. Foi pensando na junção dessas palavras que nasceu uma quase redundância chamada Chá de Afetos. Sentadas ao vento da Matinê, saboreando aromas diversos, mulheres/deusas reúnem-se como faziam as bruxas. A fogueira que queima é a chama da palavra que dá o tom fêmea, o tom água, o tom vento/ventania, o tom terra.

Foto: Lisiane Forte

Cada mulher/palavra nos abriga e nos enlaça em seus saberes que são muitos e tantos. A palavra da vez é a “terra”. A mesma terra que fez brotar a planta com suas raízes, folhas, flores, cores e que, numa simbiose, nos juntamos e somos uma só, ao menor contato dos sabores, aromas e afetos. Somos terra e sobre ela e, em nós, fundimo-nos em força. Sobre a terra nos (re)construímos e repensamos nossos passos, forjamos nossas rebeliões, as de dentro e as de fora, sobre ela, a terra, repousamos nosso corpo cansado e o nosso sangue que jorra é o que dá vida ao mundo.

Sobre a terra iremos sucumbir mas, antes que esse dia chegue, estamos plantando, estamos regando e haveremos de colher.

Você quer ler a zine Terra? Basta clicar aqui! A publicação foi feita pela Aliás Editora e o texto de apresentação é de Argentina Castro. A publicação é resultado de um evento Chá de Afetos, realizado periodicamente pela editora. O conteúdo é totalmente gratuito. E, em breve, vamos publicar novas zines no blog!

Foto: Lisiane Forte

Serviço
Zine Terra, de Marília Lovatel
Publicação da Aliás Editora – Projeto Chá de Afetos
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About the Author

Isabel Costa

Inquieta, porém calma. Isabel Costa, a Bel, é essa pessoa que consegue deixar o ar ao redor pleno de uma segurança incomum, mesmo com tudo desmoronando, mesmo que dentro dela o quebra-cabeças e as planilhas nunca estejam se encaixando no que deveria estar. É repórter de cultura, formada em Letras pela UFC e possui especialização em Literatura e Semiótica pela Uece. Formadora de Língua Portuguesa da Secretaria da Educação, Cultura, Desporto e Juventude de Cascavel, Ceará.

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