Em formato presencial, evento ocorre pela primeira vez e reúne nomes como Eduardo Suplicy, Mel Duarte, Monique Malcher, Giovana Madalosso entre outros em cinco dias de oficinas, shows, feira de livros e exposições.

De 19 a 22 de maio, a histórica Itu (SP) será transformada num polo de manifestações artísticas, literárias e culturais, a partir da Festa Literária e Cultural de Itu (Flic), que ocupa espaços como a Praça da Independência (Praça do Carmo), o Museu de Energia e o Colégio Anglo, com bate-papos com escritores contemporâneos, feira de livros, exposições, contação de histórias, shows musicais, oficinas, cinema, fotografia e diferentes outras atrações pensadas em todos os gostos e idades em uma programação gratuita e aberta ao público.

A programação oficial está disponível no vempraflic.com.br

Nesta primeira edição, a escolha do festival é homenagear a “Semana de Arte Moderna de 1922”, refletindo sobre qual o diálogo dos modernistas com os nossos tempos, cem anos depois. A personalidade homenageada é Pagu, como é conhecida Patrícia Rehder Galvão, que teve grande importância durante o movimento antropofágico anos após a primeira semana, ao lado de Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade.

Giovana MadalossoA ideia de realizar a Flic em Itu veio após o organizador, o escritor Paulo Stucchi conhecer a Flip, em Paraty. Aproveitando o potencial do centro histórico da centenária Itu, ele quer transformar o ambiente num festival do interior.

A abertura oficial do evento será no dia 19/5 (quinta-feira) às 19h, na Praça da Independência (praça do Carmo) e terá como atração da noite a slammer Mel Duarte, com o show de spoken word “Mormaço – entre outras formas de calor”, em que mescla poesia e música de uma forma ainda pouco explorada no Brasil e fala, sobretudo, de amor.

Além do show, a abertura contará com José Renato Nalini (ex-secretário estadual da Educação e presidente da Academia Paulista de Letras), João Scortecci (presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica) e representantes da Academia Ituana de Letras (ACADIL), com lançamento da biografia de Maria Angela Mangeon.

Curadoria e diversidade
Com curadoria da escritora e roteirista Ana Squilanti, o festival traz, entre os nomes confirmados estão Eduardo Suplicy, a slammer Mel Duarte, a contista Monique Malcher (vencedora do Prêmio Jabuti), os contemporâneos Leonardo Piana, Gabriela Soutello, Dias Lopes, Carolina Casarin, a escritora indígena Mayra Sigwalt, os autores de literatura marginal Alexandre Ribeiro e Jéssica Balbino, as autoras feministas e contemporâneas Clara Averbuck, Giovana Madalosso, Renata Corrêa, Mari Carrara os autores teen Olívia Pilar e Juan Julian, entre outros, tendo a diversidade como mote, propondo, além de uma releitura da Semana de Arte Moderna de 1922, um olhar para os temas, segmentos e corpos faltantes naquele momento.

Dentro da temática do evento, autores como Vanessa Ratton e Sérgio Biscaldi discutem a Semana de 22 no universo do livro infantil e infanto-juvenil, bem como a mesa “o mundo infantil e a literatura”, com Priscila Amaral, Nani Mazruchi, Valkiria Cecconello e mediação de Raquel Aranha, que também lança no evento o livro “A heroína mascarada”.

Eduardo Suplicy, Mayra Sigwalt e Caco Pontes conversam com Maria Carolina Casati sobre “Territórios em 2022, os espaços na escrita e fora dela que precisamos ocupar”, Ana Squilanti e Monique Malcher conversam com Jéssica Balbino sobre “Meu corpo, minha escrita, minha semana: nosso 22”, Alexandre Ribeiro fala sobre “Os modernistas de 2022’, Adriana Armony, autora do recém-lançado “Desvendando Pagu” conversa com a especialista e entusiasta da personalidade, Taty Leite.

Monique Malcher

No escopo da diversidade temática, Giovana Madalosso e Mari Carrara falam com Ana Squilanti sobre “Reescrever e entender suas próprias histórias”. O tema “Nossas referências: a importância de ler mulheres” é destaque numa mesa com Maria Teresa Ferreira, Rosália Maria e Thaís Steibach. A mediação é de Keyty Medeiros. Há ainda a mesa sobre memória: “Quem pode contar o passado”, com Gabriela Soutello, Mário Silva e Leonardo Piana, com mediação de Bárbara Krauss.

Ainda dentro da Semana de 22, Dias Lopes e Carolina Casarin conversam com Ana Straube sobre “Costumes modernos do antes e agora” falando sobre gastronomia e moda da época dos modernistas. Também na Flic, Letícia Nunes, Nélida Capela e Marcelo Checchia conversam com Tadeu Rodrigues sobre “Uma Nova análise da Semana de 22”.

E, encerrando a programação literária, Renata Corrêa e Clara Averbuck falam com Isadora Attab sobre “Entre feminismos e militância: a liquidez de 2022?”

Exposição fotográfica
O Museu de Energia (rua Paula Souza, 669, Centro) também faz parte da programação da FLIC, por isso, de quinta (19/5) a sábado (21/5) estará aberto ao público com exposições fotográficas, mostra de artistas plásticos e de cinema – todos tendo como temática central “os invisibilizados”, ou seja, aqueles que passam invisíveis pela sociedade. A Mostra teve curadoria de Fernanda Rabello Vaz.

Oficinas, feira de livros e outros espaços
No sábado (21), na Tenda Mista o público conhecerá mais sobre os costumes mexicanos e ainda participará de uma oficina sobre criação de PET poemas com a escritora campineira Katia Sentinaro. Além disso, terá a oportunidade de acompanhar um bate-papo com um sobrevivente do Holocausto e acompanhar o hip-hop de Felipe Dezena e Vini Alceu.

Serviço
Festa Literária e Cultural de Itu (Flic)
A programação completa pode ser acessada no link https://vempraflic.com.br/

 

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Colaboradores LDB

Colaboradores do Blog Leituras da Bel. Grupo formado por professores, escritores, poetas e estudiosos da literatura.

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