Foto mostra três pares de mãos produzindo diferente estilos de artesanato.

Foto: TockSnap/Pixabay

Conheça o setor artesanal cearense, uma das áreas que mais movimenta a economia do Estado

No Ceará, o artesanato gera emprego para quase 45 mil pessoas somente em Fortaleza. O Centro De Turismo Do Ceará (Emcetur) possui cerca de 300 profissionais filiados, incluindo artesãos e comerciantes registrados, enquanto a Central de Artesanato do Ceará (CeArt) possui 42 mil. O artesanato permite o uso de diferentes materiais para a produção das obras, como couro, palha, bordado, madeira, argila, areia, em que cada estilo carrega peso cultural e histórico que representa a expressividade de um lugar.

Para o economista Rogério Morais*, o artesanato é um produto que está muito atrelado ao turismo e, à medida que o setor cresce, aumenta a procura por esse tipo de produto. “Outro aspecto relacionado ao turismo é o fato de o Ceará possuir varejo de artesanato. Há lojas e centros de comercialização dessas peças pelo Estado.”

A respeito do cenário atual do Ceará, Rogério relata que a cadeia se fortalece. À medida que o varejo do artesanato aumenta, as demandas são desenvolvidas. “O Governo, por meio de ações e da CeArt, tem estimulado a comercialização, assim como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) promove a participação de artesãos nos principais eventos nacionais.” O economista observa que o cearense está apreciando o artesanato e passando a usá-lo na decoração de suas residências e lojas.

Sobre a formalização
Rogério explica que, atualmente, há vários tipos de formalização. “O artesão pode se tornar microempreendedor individual (MEI) e, posteriormente, se tornar microempresa. O artesanato é uma atividade que precisa crescer.” Ele cita casos em que o artesão começa a expandir e ter ajudantes no processo de comercialização e produção.

Formalizar-se e buscar o desenvolvimento do empreendedorismo pode se manifestar em qualquer segmento da economia, afirma Morais. O economista acrescenta que a formalização dá abertura para que empresas, mesmo pequenas, possam adquirir financiamento para compra de matéria-prima. “Abre-se um leque de oportunidades que ajudam no crescimento do negócio. A formalização, em qualquer nível, é importante para o artesanato se manifestar como atividade.”

Tipologias de artesanato

Grupo 1

Matéria-prima natural de origem animal

Couro, pele, escama, cera, pena, pluma, lã, casca, casco, concha, crina, pêlo, dente, chifre, osso e carcaça.

Matéria-prima natural de origem vegetal

Semente, casca, caule, raiz, flor, folha, fruto, fio, fibra, madeira, látex, cera, massa e resina.

Matéria-prima natural de origem mineral

Argila, areia e pedra.

Grupo 2

Matéria-prima manufatura de origem animal

Couro, fio de lã e seda.

Matéria-prima manufatura de origem vegetal

Fio, tecido, borracha, MDF, aglomerado e compensado e papel.

Matéria-prima manufatura de origem mineral

Metal e vidro

Grupo 3

Matéria-prima sintética

Fio, tecido, couro sintético, massa, cera, parafina, resina, corante, pigmento, tinta, miçanga, pedraria e materiais recicláveis.

*Rogério Morais é gestor estadual de varejo e artesanato do serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE)

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