Na edição de ontem do O POVO as repórteres Mariana Toniatti e Yanna Guimarães publicaram reportagem mostrando que das 21 obras consideradas prioritárias pela Prefeitura Municipal de Fortaleza – e que deveriam ser concluídas até 2008 -, apenas três foram entregues. [Na edição impressa é bem mais fácil visualizar, pois há um quadro explicando o andamento de cada uma das obras.]
A matéria é irretocável, baseada em fatos, dados e números – para os quais seria preciso respostas objetivas da administração pública e não simples declarações de intenções.
Pois as repórteres foram atrás dessas respostas e ouviram de Geraldo Accioly, coordenador de projetos especiais da Prefeitura, na edição de hoje:
“Vocês precisam ter mais paciência”
Isso quando ele mostrou seu lado educado, pois, por outro, disse o seguinte:
“Não vou ficar aqui fazendo seminário sobre o problema dos atrasos. Vou perder muito tempo. Você vai, pega a sua matéria e diz: ‘Fui e disseram que ia terminar, não terminaram'”.
[Accioly foi o mesmo a dizer que os vereadores de oposição queriam “ver sangue” para obter votos, quando estes denunciaram que haveria um “afundamento” nas obras do Hospital da Mulher – e acabou recebendo uma moção de repúdio da Câmara].Mas o negócio não ficou por aí. Rocicleide Silva, coordenadora do projeto Vila do Mar disse que prefere apresentar o projeto “em sua complexidade” a discutir “nesse nível [sic]”, conforme relata a matéria. “Até perguntei se valia a pena a entrevista”, concluiu a coordenadora.
Os administradores da Prefeitura vêm culpando a “burocracia dos contratos e licenciamentos” para o atraso das obras e, também, “a falta de dinheiro”. Quanto ao primeiro caso – se essa é a questão – eles deveriam prever esse tipo de problema. Sobre a “falta de dinheiro” é tarefa da administração consegui-lo ou saber o quanto podem gastar.
Em ambos os casos uma coisa é certa e está na plena governabilidade dos administradores: eles poderiam se abster de fazer promessas que não podem cumprir.
Da administração Juraci Magalhães, os repórteres que cobriram o período se lembram, também era muito difícil obter informações; o negócio era meio caótico. A diferença é que Juracy era mais educado e mais bem-humorado.
Essas reportagens do O Povo fomentam em mim o desejo de seguir pela linha do jornalismo investigativo e o mais próximo da imparcialidade. Parabéns!!
Esse Geraldo é caso de polícia.
Esse rapaz não tem jeito. Hoje, levou uma reprimenda no CIC por conta da arrogância.
Pronto. Luizianne encontro o seu Arildo Pinho.
Na realidade os nossos “atuais gestores” não imaginavam que administrar uma cidade desta dimensão era imensamente complexo. E por serem despreparados para tal mister continuam a fazer suas trapalhadas e acham isto tudo “normal”. São as “normalidades”da improbidade administrativa em todos os setores. Nenhum deles acredita em gestão urbana, não tem a melhor noção do que venha ser um equipamento ou uma obra publica e tem desprezo pelas normas legais, pois aos seus objetivos políticos tudo se torna permitido.
E ao mesmo tempo não nenhuma criatividade, por conta desta falta de visão de futuro do que é uma cidade contemporanea de dimensões metropolitanas. Tudo “rola no laissez faire”, por a eleição foi ganha e não existem compromissos maiores. Quase 6 anos de gestão para realizar um reforma de antigo clube social e “transformá-lo” em um centro social urbano, o que ele já era conceitual e estruturalmente é muito. E note-se que o mesmo não está absolutamente funcionando: não há nenhuma atividade de arte e cultura por lá, a não ser um grupo de adolescentes jogando futebol, sob o pastoreio de algusn “guardinhas municipais”.
No caso do Projeto Costa Oeste, que tem a atual denomicação de Projeto Vila do Mar, o caso é mais grave: além da falta de qualidade de gestão trata-se de improbidade administrativa. Receberam um projeto integralmente concebido, desenvolvido, com as obras em andamento, com 30 milhões aplicados, na feitura de 1,4 km dos 5,5 totais e, 77 milhões na Caixa Economica; com 2.500 famílias relocalizadas em novas situações habitacionais, irresponsavelmente “jogaram o projeto no mato” – novas vias de acesso, via paisagística litoranea, esgotptor oceanico sob a via para atender o Grande Pirambu, remoção de familias da faixa de praia, paisagismo da beira mar e outras benfeitorias e, começaram tudo de novo, sob a alegação fútil, equivocada e irresponsável que o projeto era “reacionário e não atendia a demanda social” e não sabem como gerenciar o mesmo e dar direções de finalização: o caos total.
O que esse Geraldo faz além de falta de educação é quase que abuso de poder. A mídia deveria consolidar sua imagem de formadora de opinião na mente de pessoas como esse Senhor que acha que o jonal é um mero passatempo. Acorda pessoal!!!
Zé, fica a pergunta: porque o MP não faz nada então?
Todos os atuais gestores municipais, com rarissimas exceções fizeram um curso de Pós Graduação em Grosserias Públicas. É só verificar nos jornais nos últimos meses: é um festival de arrogancia e prepotencia admirável, provavelmente para esconder a INcompetencia no trato da coisa pública e a ausencia de rigores de responsabilidade em suas ações.
Além da rasgação de dinheiro com os erros cometidos, com as obras mal contratadas, com as dispensas de licitação. E o que causa maior perplexidade é o silencio sepulcral da SEINF/ Secretaria de Infraestrutura e do seu Secretario Luciano Feijão: mudo estave, mudo estava e mudo está!!!