No programa de entrevista Grandes Nomes, da rádio O POVO/CBN, o governador do Ceará, Cid Gomes disse que pretende criar uma corregedoria desvinculada tanto da Polícia Civil como da Polícia Militar. Seria uma de “secretaria” vinculada diretamente ao governador.
A declaração inédita foi a uma pergunta que lhe fiz, depois de o governador ter discorrido, com veemência, sobre as medidas que vem tomando na área da segurança pública.
Perguntei como ele pretendia resolver o problema de um segmento criminoso que convive na instituição, cuja punição enfrenta a reação corporativa e, também, se beneficia de medidas judiciais para se livrar das penas, principalmente da expulsão.
Depois de pensar alto: “Falo ou não falo?”, Cid disse que está fazendo consultas ao Ministério da Justiça para verificar a legalidade da criação de uma corregedoria com essas características. Se não houver obstáculos legais, o governador diz que vai pôr o plano em prática.
Uma corregedoria vinculada diretamente ao governador e que conte com a participação de membros do MP, além é claro de membros da própria polícia e da comunidade seria salutar. Hoje, o que impera é o corporativismo. A chamada “banda podre” das polícias, conta com a parcimônia, inclusive, dos bons policiais que não se sentem motivados para perseguir um “irmão” de distintivo ou farda. Tomara que o parecer do Ministério da Justiça seja positivo.