Depois da mais recente divulgação de diálogos entre os procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol e Robertson Pozzobon, fica difícil alguém acreditar que os rapazes são exemplos de retidão moral e que, os que ousam criticá-los, estão a serviço do “mal”.
Conversaram os dois, via aplicativo Telegram, sobre como ganhar dinheiro devido à fama conquistada com a Lava Jato e como driblar a lei para receber dinheiro pelas palestras, sem despertar suspeitas. Uma das possibilidade discutida entre os dois era usar as esposas como “laranjas” para abrir empresas ou instituições “sem fins lucrativos”.
Em novo lote de mensagens, fica-se sabendo que Deltan foi convidado pela Fiec (Federação dos Indústrias do Ceará) a vir a Fortaleza para uma palestra. Deltan escreve à sua mulher dizendo que poderia aceitar o convite condicionando “o pagamento de passagem e hotel pra todos nós (ele, a esposa e dois filhos)”. Um mês depois, ele escreve incentivando o então juiz Sérgio Moro a aproveitar a sinecura:
“Eu pedi pra pagarem passagens pra mim e família e estadia no Beach Park. As crianças adoraram (…) Além disso, eles pagaram um valor significativo, perto de uns 30k (R$ 30 mil). Fica para você avaliar.”
Isto é, enquanto faziam belos discursos de “combate à corrupção”, os defensores da ética, da moral e dos bons costumes, enriqueciam por trás dos panos, transformando a Lava Jato em negócio lucrativo por meia dúzia de funcionários públicos espertalhões. E, para fazer a máquina de fazer dinheiro continuar funcionando, era preciso manter a pirotecnia.
O bolsonarismo fanático vai rebarbar mais esse escândalo, mas continuar duvidando da veracidade das informações que vêm sendo divulgadas pelo The Intercept Brasil, pela revista Veja, pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo portal El País, está no campo do autoengano ou do fanatismo. As evidências são comprometedores – e são muitas.
VAZA JATO
A Vaza Jato está provocando tamanho incômodo nos donos da Lava Jato, que o ministro da Justiça Sérgio Moro resolveu fazer uma postagem em seu Twitter, esta:
Quem começa por dizer que é defensor da liberdade de imprensa para em seguida atacar os jornais, está faltando com a verdade. É caso parecido com o racista que se defende dizendo ter “amigos negros”. Depois, ele insiste em dizer que quem divulga os malfeitos da “República de Curitiba”, está a favor da corrupção. Outra mentira.
Gherardo Colombo, um ex-procurador da operação Mãos Limpas italiana, falou recentemente ao portal Uol. Segundo ele, a Mãos Limpas também foi acusada de abusar de prisões temporárias, das delações premiadas e de manipular a mídia. Recebeu ainda críticas por supostamente perseguir políticos. Mas, afirmou, que nunca foi acusada de coordenar atuações de procuradores e juízes, suspeita que hoje recai sobre a operação brasileira. “Se as regras sobre a imparcialidade e do processo não são seguidas, a Justiça não pode ser justa”, disse ele.
O fato inescapável é que Moro, Dallagnol e alguns outros procuradores foram pegos em tenebrosas transações, e não têm como se explicar. Caíram do pedestal.
Quando vejo estes falsos moralistas falando que estão combatendo a corrupção e que são favoráveis à liberdade de imprensa/expressão, lembro de duas vezes em que foi assaltado, trabalhando; no momento em que os ladrões me tomavam a renda me chamavam de vagabundo.
AHAHAHAHAHAHAHAHA Esse plínio além de acreditar em lulalivre ainda cai nessas esparrelas. Já tá ficando feio o esperneio de vocês, gente. Vão caçar notícia que preste. Isso parece fofocas de diários de juvenis, coisa brega.
Como se dia por aí, quando recebo comentários com esse tipo de “argumento” indigente, sei que estou no caminho certo.
Nossa, lacrou com essa resposta, rsrs. Mas Plínio, até parece que vale a pena a gente se aprofundar no assunto com um jornalista que faz ctrl+c ctrl+v de um grupo receptador de informação roubada, isso é SE FOI realmente hackeado por alguém. Primeiro que isso não vale como prova pra nada. Segundo que a tal empresa administrada por esposas laranjas não passou do campo das idéias e terceiro que boa parte da remuneração de algumas palestras foram revertidas para instituições que divulgam o combate a corrupção. Então, nobre jornalista, só resta rir dessa fofoca e daqueles que veêm nisso um tábua de salvação .
Pequenas ideias, grandes negócios.
O Deltan deve tá liso. Deve tá até com prestação de carro, parcelas do MCMV e o condomínio atrasado. Cobrar um absurdo desse pra palestrar…
Plínio, será que você só tem esse argumento? Ontem, você escreveu sobre esse mesmo tema. Procure diversificar os seus artigos.
Agradeço pela sugestão, mas é que a realidade não dá folga.
Ainda bem que pra ler essas atrocidades escritas por esse “jornalista” precisa descer a tela principal e dar uma procurada pq se essa lorota ganhasse primeira página era o fim da picada pra esse jornal.
Agradeço por ter encontrado e lido o meu texto. Anote aí o endereço do blog para facilitar na próxima vez.
O LULA fazia palestras e recebia, segundo ele, valores altíssimos se beneficiando do cargo de presidente da república. Qual a diferença para o Dalagnol?
Pois é, qual é a diferença?
Aqui pra nós, essa turminha da fiec nao merece coisa melhor do que o Deltan. Se um empregado deles pede aumento salarial, eles caem numa choradeira de dar nojo. Mas têm dinheiro para dar ao Deltan é sua conje laranja.
A diferença, simples, é que o Lula nunca fez palestra nenhuma enquanto era presidente. Só fez palestras, pagas e gratuitas, quando acabou o mandato.
Realmente Plínio, era melhor como estava antes, roubalheira em todos os setores do governo
Pelo jeito você não entendeu nada, o que não me admira.
KKKKKKKKKKKKKKKK. Que crime horrível! Um Promotor Público cobrando para dar palestras. Vcs esquerdistas estão perdendo o senso do ridículo. Tu já demonstraste a mesma indignação quanto aos bilionários esquemas de roubos de dinheiro público, promovidos pelas Quadrilhas do PT, PMDB e associados?
Gostei do início de sua resposta KKKKKKKKKKKKKKKKK (contei certo?), porém, confesso que não entendi. Mas, por favor, não se preocupe em explicar.
Engraçado que os negam a veracidade já comprovada das mensagens e a gravidade do teor das reveladas até agora se se tratassem de conversas envolvendo o Lula ou algum membro do PT seriam os mesmos a apontar os culpados. A realidade meus caros é que quem nega não passa de um indivíduo de ma fé e hipocrita. São fanáticos mesmo é nada tem de diferente de outros fanáticos. Mas a realidade está batendo à porta meus caros. E o preço a se cobrar vai ser muito alto.
Na mosca.
Plinio, parabéns pelos textos. Você é muito bom. Agora, você está se superando mesmo é nas respostas: conseguir ser objetivo sem perder o bom humor com uma fauna dessas, é de se admirar. Fraterno abraço!
Ossos do ofício. : )
Plínio você fez um relato sensato dos fatos, não vi ctrl + c e ctrl + v como alguém aqui comentou. Existe nestes Bolsominions uma fé cega que não permite que enxerguem nada errado nestes seus ídolos de barro.
É da lanchonete? Um sanduíche e um refrigerante pra mim por favor kkkkkkkk
De novo? Mude o disco.
Plinio, não vejo ninguém discutindo o mais importante: se é crime grampear alguém privadamente ou não ? Afinal, por mera coincidência, o voto de Gilmar Mendes para soltar Lula citou a desinformação, manipulação a conta gotas, digo, “reportagem” do Intercept. E isso gera uma jurisprudência perigosíssima sobre nossa privacidade. E por outra coincidência , nesse país em que a mera coincidência é a regra, já julgaram que juiz que investiga comete “abuso de autoridade”. Parece que a única pessoa que pode investigar quem der em sua cuca , sem nenhum abuso de autoridade, nesse país, é o tal chamado Glenn Greenwald… Que inversão de valores estamos vivendo…..
Caro Victor, o jornalista não comete crime de divulgar notícias de interesse público, independemente da forma como foram colhidas essas informações. O que o jornalista não pode – e nada demonstra que o Intercept fez isso – é cometer o crime ou induzir alguém a fazê-lo. O caso dos Papéis do Pentágono (que mostravam que o governo americano mentia sobre a guerra do Vietnã) foram roubados por um funcionário público que tinha acesso à documentação: ele passou um ano copiando os documentos e o entregou a jornalistas do Washington Post, que publicaram as informações. O jornal nunca informou o modo como conseguiu os documentos. Há um filme sobre isso, “The Post”, que vale a pena assistir. O caso Watergate (invasão do escritório do Partido Democrata em Washington), que derrubou o presidente Nixon, foi a mesma coisa: um informante, o qual os jornalistas, também do Washington Post, chamaram “Gargante Profunda”, passava as informações a eles. Os dois repórteres que cobriam o caso, acontecido em 1972, Bob Woodward e Carl Bernstein, nunca revelaram a fonte. Em 2005, o próprio Gargante Profundo veio a público para revelar sua identidade: na época do caso ele era vice-diretor do FBI (o segundo cargo mais importante da agência). Uma das explicações para fato de ele fazer as revelações, foi por ter sido preterido na promoção a diretor principal. Ou seja, um funcionário público agindo de forma irregular (pela vista do FBI), informou os jornalistas, estes iniciaram uma série de reportagens que levaram à renúncia o presidente da nação mais poderosa do mundo. Nos dois casos, os informantes podem ter cometido crime, os jornalistas não. Há também um filme muito interessante sobre o fato: “Todos os homens do presidente”. Espero ter contribuído para alguns esclarecimentos, de modo que se possa fazer o debate de forma dialógica.
Plínio, uma provocação. A rede Globo exibiu domingo imagens do médico e prefeito de Uruburetama abusando de pacientes em seu consultório. Será que esses bravos defensores da privacidade dos lavajatistas também questionam o modo como as imagens foram obtidas? terá sido um hacker? ou o próprio acusado as entregou? será que isso tem importância para o teor da reportagem? será que os bravos defensores dos lavajatistas acham que a Globo cometeu um crime? ou só vale para o Intercept Brasil?
Boa pergunta, Luciano. Vamos ver se alguém responde.
Pois é, vai fazer uma visita ao seu ídolo criminoso e corruPTo preso. Não acreditam nas provas e nas condenações do criminoso -mor que assaltou o país durante 16 anos com sua quadrilha, mas acredita em mensagens gravadas e sem credibilidade divulgadas por um casal de gays comprovadamente alinhados com a gang PTista que tem como único objetivo desacreditar as instituições nacionais que combatem o crime organizado e as quadrilhas politicas que saquearam o país. Lixo!!!
Não vou fazer mais comentários, Noronha, a teratologia de seu texto responde por si mesma.
Lendo os comentários, percebo que alguns bolsomínions são hipócritas mesmo. Defendem as promiscuidades do seu herói moro e do dallagnol. Defendem também o escândalo laranja/milícias/queiroz/flávio bolsonaro. Ah! Defendem também o embaixador eduardo “frita hambúrguer” bolsonaro. São uns caras de pau esses bolsomínions.
Parabéns ao jornalista, por não abaixar a cabeça para essa turma.
Combater o crime é salutar e necessário, entretanto, cometer crime para justificar e condenar com outro crime, acredito que saiu da esfera da decência, da honestidade, do Estado Democrático de Direito, da Democracia para a implantação da anarquia, levando em seu lamaçal uma Polícia Séria como a Federal, que foi enganada, ultrajada e vilipendiada como Instituição de credibilidade.
Como ficam os Ministros do STF que tambem acreditaram e condenaram?
E as Delações encomendadas, forçadas?
Acredito que nenhum brasileiro seja contra colocar políticos, empresários, bandidos na cadeia…como a maioria do nosso povo já não acredita mais no ex-juiz e esses procuradores da lavajato! É impressionante a quantidade de barbaridades e imprudências que essa turma cometeu! Não me venham dizer que os vazamentos do Intercept são fantasiosos, coisas de hackers, etc. Sérgio Moro não consegue mais enganar ninguém! Se Moro estivesse com a verdade já teria entregue seu celular para a PF e aberto seus sigilos telefônicos, do telegran, bancário, etc. Ficar somente negando fatos e colocando a culpa em hackers não pega mais! Essa do Toffoli acabar com as investigações sobre as movimentações bancárias do Flávio Bolsonaro, Queiroz e cia. foi o tiro de misericórdia na justiça do país, assinaram a veracidade do caso e colocaram a ética, a moral, a vergonha na lata do lixo! O STF, Lavajato e esse governo são farinha do mesmo saco! PERDERAM A VERGONHA DE VEZ!
Não colocaria caso fosse presidente da República Federativa do Brasil um filho meu para ser embaixador como o Presidente quer fazer.Mas em um país onde a mais superior das cortes de justiça seus ministros sao escolhidos pelo presidente sem sequer passarem nos concursos para juiz,não se deve admirar-se de escolhas como a de Eduardo Bolsonaro para embaixador dos Estados Unidos.Sinceramente ao longo dessas duas últimas décadas não vi ou li ou ouvi um só comentário desses mesmos jornalistas que agora sao atentos e observadores a tudo sobre descalabris no judiciário.Nao fosse o mensalao,petrolao e lavajato,ficariam mudos,surdos e cegis para o que ocorria antes.É interessante esse verdadeiro pingpong do inteligente e teimoso jornalista com parte de seus parcos leitores.Só tem réplica quando o viés do comentário é a favor da Lava-jato,de permanecer corruptos na cadeia,de despatrulhar a educação e a cultura dos paradigmas da esquerda,de reformar previdência,sistemas de partido,sistema fiscal…de cortar privilégios nas universidades…
Excelente texto, como sempre!
Plínio, vc é defensor ferrenho da Esquerda. O Jornal O Povo deveria rever seu vies de Democracia. Se os caras erraram, ótimo. Anulem todos os processos. Estão errando, sejam punidos. Mas vc de maneira escancarada hora nenhuma defende a entrega do material fruto de crime, e nem o criminoso para a Corregedoria e PF. Não defenda o arrepio da Lei. A lei vai valer para o Moro e o Deltan?? E o hacker?? A imprensa não estar acima da lei. Não tripudie em supostas fraquezas humanas, quando se fez mais positivo do que erros. A imprensa pode muito ajudar, mas de forma democrática e dentro da lei de um país. Quando O Povo estiver com um crimimoso como seu informante, guarde este em sua casa. Não entregue-o as autoridades. Faça uso de sua arte em troca de prestígio profissional, fora da lei. Suas respostas irônicas aos leitores desse jornal, demonstram sua falta de profissionalismo e seriedade q o cargo lhe imputa. Poderia escrever muito contra sua opinião indireta a favor de criminosos, mas não vou baixar meu nível ao seu. Não vou discutir com você em boteco do Bom Jardim. O Povo é mais sério q vc. E responda aqui. Não por email. Afinal, vc também pode cair do seu Pedestal, pessoal ou profissional mas pode cair um dia. Se é que já não caiu. Fica em paz. Grato, pelo espaço.
Caro Herbert, 1) Normalmente eu não respondo assim, pois os leitores não tem obrigação de saber como funciona o jornalismo, porém, no seu caso, o debate somente poderá progredir se você entender as regras mínimas que orientam a profissão. 1.1) Para começar, caso queira conhecer mais, sugiro que leia a resposta que dei ao Victor Vidal e a intervenção do leitor Luciano Alencar. Valeria também você, se tiver interesse, ler alguma coisa sobre os casos dos “Papéis do Pentágono” e de “Watergate”: indico também dois bons filmes sobre o assunto na resposta ao Victor. 2) Quem falou para você que foi um “hacker” que entregou os documentos ao Intercept? Como diz o próprio Glenn Greenwald, você tem evidências? E se for, não foi o jornalista que publicou que cometeu o crime. 3) Este tipo de intervenção que você faz: “Quando O Povo estiver com um criminoso como seu informante, guarde este em sua casa. Não entregue-o as autoridades” é um argumento pueril, não cabe em um debate adulto. Se eu estivesse na quarta série responderia: “Então leve o Deltan para a sua casa”, mas obviamente não vou fazer isso. 4) Minhas respostas “irônicas” não denotam “falta de profissionalismo”, como você diz, mas adaptação ao tipo de “argumento” que recebo. 4.1) Mas acho ótimo que você as tenha entendido como ironia – e não agressão -, pois entender essa figura de linguagem é próprio de pessoas inteligentes, por isso, tenho esperança que você vai entender um pouco melhor do assunto, de modo que possamos dialogar.
Que país assombroso esse que nós vivemos. Vejam: membros das mais altas hostes do judiciário sob suspeição, além de um governo composto de imbecis, a ponto de o presidente nomear um filho como embaixador, por possuir possui a habilidade de preparar hamburger. É demais, viu…
A coisa mais lamentável dos últimos tempos é a falta total de confiabilidade da imprensa. Lamento pelo Jornal O Povo que perdeu a credibilidade. E tantos outros que foram grandes jornais no passado. Triste, triste.
Credibilidade agora é com o “pavão misterioso”.