Obra da transposição está parada desde junho de 2016 (Foto: Fábio Lima/O POVO)

Obra da transposição está parada desde junho de 2016 (Foto: Fábio Lima/O POVO)

Segunda colocada na licitação para retomada das obras de transposição do rio São Francisco, a empresa cearense Marquise foi desclassificada do processo. A ação foi confirmada em nota pelo Ministério da Integração Nacional, após a empresa não atender a critérios técnicos do governo federal.

A desclassificação ocorre dias após consórcio entre as empresas Passarelli (SP), PB Construtora (CE) e Construcap (SP) – primeiro colocado na licitação – ser inabilitado pela Integração Nacional. Após a notícia, o governador Camilo Santana (PT) foi à Brasília para tentar evitar novos atrasos na obra.

Apesar da exclusão das empresas, a pasta afirma que está mantido prazo para assinatura do contrato até o fim de março. “A comissão de licitação já iniciou a análise de documentos da Emsa Construtora, 3ª colocada. E mais: diante da urgência da obra, o Ministério determinou que todos os demais licitantes já apresentem seus documentos em 72 horas”, diz.

Obra urgente

Nova licitação para a transposição teve início em junho de 2016, após a empresa Mendes Júnior, que havia vencido o primeiro certame, declarar incapacidade técnica e financeira para conclusão da obra. O processo diz respeito ao Eixo Norte da obra, em trecho que percorre os municípios de Salgueiro (PE) e Jati (CE).

No início do governo Michel Temer (PMDB), o governador Camilo Santana tentou articular retomada urgente da obra, com dispensa de licitação. O Ministério, no entanto, optou por abrir novo certame, em Regime Diferenciado de Contratação.

Segundo a Integração Nacional, o Eixo Norte está previsto para ser concluído no segundo semestre deste ano, após término das obras para a passagem da água do São Francisco. A expectativa é atender o reservatório Jati, no Ceará, em agosto.

R$ 442 milhões

A obra de Transposição do São Francisco percorre 477 km de extensão e atravessa 390 municípios dos estados do Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. Considerada a maior obra de segurança hídrica do País, ela irá abastecer aproximadamente 12 milhões de pessoas. Proposta vencedora era de R$ 442 milhões.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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