Hoje adversários, grupos de Ciro e Eunício eram aliados até 2014 (Foto: Iana Soares/OPOVO, em 19/08/2010)

Hoje adversários, grupos de Ciro e Eunício eram aliados até 2014 (Foto: Iana Soares/OPOVO, em 19/08/2010)

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) não confirma possível reaproximação de seu grupo político com o senador Eunício Oliveira (PMDB) para 2018. Nos últimos dias, especulações em torno da união cresceram após o senador voltar atrás da expulsão de três deputados estaduais do PMDB que se aproximaram de Camilo Santana (PT) no Ceará.

Questionado pelo O POVO se confirmava a reaproximação, Eunício Oliveira deu resposta evasiva, não confirmando nem descartando a ação. “2018 será discutido em 2018”, se limitou a dizer. Já Ciro, ao ser interpelado sobre o mesmo tema, foi mais direto: “Não”, disse.

Pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro tem feito recorrentes críticas ao PMDB e ao governo Michel Temer em sua plataforma. Seria, portanto, membro do grupo com maiores dificuldades em justificar reformulação da aliança com Eunício.

O pior inimigo é um ex-amigo

Aliados por diversos anos no Ceará, grupos políticos dos irmãos Cid e Ciro Gomes e de Eunício romperam na eleição de 2014, quando o senador disputou pelo governo do Estado como candidato de oposição. Desde então, os dois grupos rivalizaram como principais forças antagônicas no Ceará.

Ex-líder da oposição na Assembleia e hoje aliado de Camilo, o deputado Audic Mota (PMDB) diz torcer por reaproximação dos grupos. “Há três anos essa era a composição (…) política é feita de conversa, de consenso, desde que não envolva nada ilícito”, diz.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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