Cerca de 171 municípios cearenses estariam envolvidos nas irregularidades, segundo a PF

Na manhã desta quarta-feira, 13, a Polícia Federal deflagrou uma operação chamada Fraternidade que apura irregularidades em licitações em vários municípios cearenses. As investigações apontam o desvio de cerca de R$ 380 milhões entre 2002 e 2013.

A operação é feita entre a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União no cumprimento de 45 mandados judiciais Expedidos pela 11ª Vara Federal de Fortaleza, além de nove prisões temporárias, 24 buscas e apreensões, 12 de conduções coercitivas, e sete mandados de intimação emitidos pela Autoridade Policial, totalizando 52 mandados.

A articulação da PF envolveu 148 policiais do Ceará e Piauí, além de sete servidores da CGU. De acordo com as investigações, foi possível identificar o vínculo dos investigados com 68 pessoas jurídicas que teriam recebido verbas públicas de 171 municípios do Ceará.

Ainda segundo a PF, o montante investigado foi desviados entre janeiro de 2002 e março de 2013. A principal maneira de agir do grupo, de acordo com a operação, é a utilização das empresas em conjunto e em forma de rodízio para vencerem licitações e receberem do poder público sem chamar a atenção das autoridades, dos quais parte é desviada através de superfaturamentos e inexecuções dos contratos.

Fraternidade

O nome da Operação faz alusão ao núcleo do grupo, formado, entre outros, por três irmãos, com vinculação com diversas empresas. Os envolvidos devem responder criminalmente, na medida de suas condutas, pelo cometimento dos crimes de organização criminosa, crimes da lei de licitações, falsificação de documentos, corrupção e lavagem de dinheiro.

Os detalhes da operação ainda não foram disponibilizados, como, por exemplo, em quais são os municípios que foram realizadas as buscas, o nome das empresas investigadas e quem são os irmãos que dão nome à investigação.

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Wagner Mendes

Repórter do núcleo de política do O POVO wagnermendes@opovo.com.br

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