Capitão Wagner criticou mudança de postura do prefeito com relação à campanha (Foto: Divulgação)

Capitão Wagner criticou mudança de postura do prefeito com relação à campanha (Foto: Divulgação)

O deputado Capitão Wagner (PR) destacou nesta terça-feira, 5, “mudança de discurso” do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), sobre o armamento da Guarda Municipal. Wagner destacou que, enquanto candidato à Prefeitura em 2016, foi alvo de diversas críticas do atual prefeito por defender a medida, que agora a gestão irá adotar para 116 guardas.

“Na época, ele chegou a entrar com uma ação na Justiça Eleitoral, e a Justiça determinou que não tocássemos mais nesse assunto”, diz. “Vi o candidato Roberto Cláudio dizer que seria um absurdo armar a Guarda e dar a ela uma função que é de polícia. De repente, no primeiro ano de mandato, ele se contradiz, autorizando a Guarda Municipal a se armar”, diz.

Apesar das críticas, o deputado parabenizou a ação e disse concordar com o armamento de agentes da corporação. “Esperava que ele (Roberto Cláudio) cumprisse o que prometeu na campanha, e não que copiasse ideias dos adversários. Posicionar-se contra e, no outro dia, estar a favor demonstra a grande incoerência que existe na política brasileira”.

Guarda Armada

Guardas de Fortaleza que atuam no Grupo de Operações Especiais (GOE) e como guardas comunitários devem ter o porte de arma de fogo liberado a partir de janeiro. A Prefeitura divulgou ontem que houve assinatura de um convênio com a Polícia Federal. Em 2016, RC evitava falar do assunto, mas dizia que a Guarda não deveria “roubar funções da polícia”.

Segundo o titular da Secretaria Municipal da Segurança Cidadã, Antônio Vieira Filho, os guardas deverão ser aprovados por psicólogos credenciados pela PF e, em seguida, terão 100 horas/aula. Ao todo, 116 guardas municipais devem começar o treinamento e, a partir do dia 12 de janeiro, poderão escolher se querem ou não usar a arma de fogo.

Conforme nota da Prefeitura, durante a assinatura do convênio pelo vice-prefeito, Moroni Torgan, o superintendente da PF no Ceará, Delano Brunn, disse que, no fim da formação, os guardas municipais que não apresentarem aptidão e habilidade para uso das armas de fogo serão reprovados.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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