A eleição presidencial deste ano deverá ter 13 candidaturas. Quase todas as pendências foram resolvidas neste fim de semana.
Jair Bolsonaro fechou chapa militar com o General Mourão, o PT oficializou Fernando Haddad como vice de Lula (e seu potencial substituto), Ciro Gomes lançou Kátia Abreu também como vice, Manuela D’Ávila desistiu da candidatura para apoiar o PT.
Falta definir a situação de Lula na Justiça Eleitoral. A expectativa da maioria dos analistas é que a candidatura seja indeferida, abrindo espaço para a candidatura Haddad.
Os partidos têm até o dia 15 para inscrever as chapas que disputarão a eleição. Por isso, ainda é possível que haja mudanças pontuais até lá.
Em ordem alfabética, as chapas ficaram assim:
Álvaro Dias (Podemos) e Paulo Rabello de Castro (PSC). A coligação conta ainda com o apoio do PTC.
Cabo Daciolo e Suelene Balduíno (ambos do Patriota). Sem apoio de outros partidos.
Ciro Gomes e Kátia Abreu (ambos do PDT). Conta ainda com o Avante.
Geraldo Alckmin (PSDB) e Ana Amélia (PP). Conta ainda com PR, DEM, PTB, PSD, SD, PRB, PPS.
Guilherme Boulos e Sônia Guajajara (ambos PSOL). Conta ainda com o PCB.
Henrique Meirelles e Germano Rigotto (ambos do MDB). Conta com apoio do PHS.
Jair Bolsonaro (PSL) e General Mourão (PRTB).
João Amoêdo e Christian Lohbauer (ambos Novo). Sem apoio de outros partidos.
João Goulart Filho e Léo Alves (ambos PPL). Sem apoio de outros partidos.
José Maria Eymael e Pastor Hélvio Costa (ambos DC). Sem apoio de outros partidos.
Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad (ambos PT). Conta ainda com o apoio do PCdoB, PROS e PCO. Haddad deve assumir a cabeça de chapa e Manuela D’Ávila (PCdoB), a vice, com a provável indeferimento da candidatura Lula.
Marina Silva (Rede) e Eduardo Jorge (PV). Sem apoio de outros partidos.
Vera Lúcia e Hertz Dias (ambos PSTU). Sem apoio de outros partidos.
É um número alto de candidatos, comparado com a média das eleições mais recentes.
E o que isso quer dizer?
Um alto grau de fragmentação da política brasileira com a queda da polarização PT-PSDB. Os tucanos ainda conseguiram reunir um bloco de partidos tradicionais em torno de si (O chamado Centrão, que de centro tem muito pouco). Mas a esquerda pulverizou-se; além de vários pequenos e novos partidos que resolveram lançar candidatos.
Muita gente tem feito comparações desta eleição com 1989, a primeira pós-redemocratização. Há, obviamente, algumas semelhanças que chamam a atenção.
Mas ainda assim é importante ter cautela com comparações históricas. O número de candidaturas na eleição de 1989 foi bem maior: nada menos que 21. Isso, sem contar com a de Sílvio Santos, que acabou indeferida pela Justiça Eleitoral. Mesmo fragilizada, a estrutura partidária brasileira ainda não chegou a este ponto do esfacelamento.
PS: Este post foi atualizado às 07:38min. Inicialmente, ele falava de 14 candidaturas, mas o PCdoB desistiu desistiu durante reunião com o PT durante a madrugada. Com isso, Manuela D’Ávila deve assumir uma possível vice na chapa, caso a candidatura Lula seja realmente indeferida pela Justiça Eleitoral.